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Esquecido pelo governo Dilma, Nordeste enfrenta a pior seca de sua história

O Nordeste tem enfrentado uma seca prolongada que pode ser a maior da história da região nos últimos 100 anos. Desde 2010, as chuvas no local estão abaixo da média. Reportagem da revista Veja desta segunda-feira (5) mostra que o Nordeste foi assolado pelo menos 84 vezes por períodos de longa estiagem. E o problema vai muito além das variações pluviométricas.

Após 13 anos de governos do PT no comando do país, o Nordeste recebeu poucos incentivos do poder público federal, o que comprova o “esquecimento” da região na área de infraestrutura pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) explica que o marco é também resultado da falta de políticas públicas para a região.

“Falta de política pública, de prioridade e de sensibilidade federal. O governo anterior não teve a capacidade de dar a mesma atenção à seca do Nordeste que deu, por exemplo, à construção de estádios durante a Copa do Mundo. Hoje a gente vive uma calamidade tão grande que medidas emergenciais também precisam ser tomadas por parte do governo federal. A falta de água não é passível de convivência sem estragos enormes”, afirmou.

Pedro Cunha Lima ressalta que o governo também deve contar com ajuda da sociedade civil para elaborar novos projetos, além de atender emergencialmente os locais que já seguem em risco de abastecimento, como Campina Grande (PB) e a região metropolitana de Fortaleza (CE).

“Além da transposição, que deve ser concluída, o governo federal deve envolver as universidades e a sociedade como um todo para elaborar projetos que possam viabilizar o reuso da água. O governo também pode dar uma atenção maior nesse segmento, que precisa de uma reformulação. Nós desperdiçamos praticamente 50% da água no transporte dela, e isso precisa mudar”, afirmou Cunha Lima.

Nas últimas semanas, o governo federal intensificou os repasses para ações e obras hídricas estruturantes, com esforços direcionados para a conclusão das estruturas físicas do Projeto de Integração Rio São Francisco. Com isso, o abastecimento deve beneficiar os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Clique aqui para ler a íntegra da reportagem da revista Veja.