Os reparos na piscina do Palácio da Alvorada, executados durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não fizeram parte das obras de restauração realizadas na residência oficial da Presidência. A afirmação é do engenheiro Ralph Lima Terra, responsável por coordenar as reparações feitas no local e vice-presidente executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Segundo ele, ao contrário do que dizem petistas, todas as intervenções oficiais no Alvorada foram feitas até o fim de 2005 por um consórcio de 22 empresas pelo valor de R$ 18,4 milhões. As informações são de matéria publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo (4).
Como destaca a reportagem do jornal, as obras na piscina foram feitas pela Odebrecht em 2008, três anos após a conclusão da restauração do Palácio da Alvorada. Além disso, os reparos foram realizados sem um contrato firmado com o governo nem registro público. A força-tarefa da Operação Lava Jato passou a suspeitar da reparação da piscina após analisar e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht e outros executivos envolvidos nas irregularidades na Petrobras.
A análise dessas mensagens revelou detalhes sobre uma obra em uma piscina em Brasília, e nos textos há menção ao nome “amigo”, apelido de Lula na Odebrecht, segundo a Polícia Federal. Nas conversas, Marcelo Odebrecht demonstra preocupação com a divulgação de informações sobre a reforma.
A possível confirmação das obras irregulares na piscina da Alvorada seria mais um indício de que o ex-presidente Lula recebeu favores de empreiteiras.
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