A crise econômica deixada pela ex-presidente Dilma Rousseff caminha para ser a pior da história do país. Pela sétima vez consecutiva, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou, o que já é a mais longa sequência de retrações verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1996.
A instituição informou, nesta quarta-feira (30), que até setembro deste ano, o PIB caiu 4,4% em relação ao mesmo período em 2015. O ciclo recessivo mais longo que o Brasil enfrentou até agora se estendeu por 11 meses, durante o período conhecido na história como “década perdida”, nos anos 80. O historiador e deputado federal Fabio Sousa (PSDB-GO) afirma que o país já está em depressão, e lamenta que o Brasil tenha retrocedido dessa maneira.
Além da recessão, outros fatores resultantes da crise, como a alta taxa de desemprego e a fraca confiança de consumidores e empresários, devem frustrar a expectativa de crescimento moderado em curto prazo esperado por economistas. Para que o ano de 2017 termine com expansão de 1% na atividade econômica, especialistas afirmam que a economia precisará crescer pelo menos a uma média de 0,76% nos quatro trimestres do ano.
Apesar das dificuldades, Fábio Sousa reconhece o esforço da equipe econômica do governo para contornar a situação e afirma que será preciso mais paciência para superar a crise.
“A economia estava fadada a morrer, mas com a saída da Dilma, já começa a demonstrar recuperação. Mas isso será demorado, é preciso ter muita paciência, muito tratamento, um remédio amargo. Não será fácil. O que a Dilma fez foi afundar o país em uma depressão econômica sem precedentes históricos.”
O IBGE informou ainda que o resultado negativo se deu pela forte baixa na agropecuária, com recuo de 6,9% na área, seguida por indústria, com queda de 4,3% e o setor de serviços, que registrou retração de 2,8%.