Com a crise econômica instalada no país pelo governo Dilma Rousseff (PT), a Caixa Econômica Federal estuda o fechamento de agências que apresentam lucro abaixo do planejado e a aposentadoria de 11 mil funcionários que já poderiam ter deixado de trabalhar, mas ainda estão na ativa. A instituição também abrirá o capital de duas empresas, a Caixa Seguridade e a Lotex, loteria instantânea da companhia.
Os processos de desestatização da Lotex e de oferta de ações da unidade de seguros são alternativas da Caixa para não depender de um aporte de capital da União. As medidas foram anunciadas nessa segunda-feira pelo presidente do banco, Gilberto Occhi. A exemplo da Caixa, o Banco do Brasil também já anunciou o fechamento de agências e um Plano de Demissão Voluntária como alternativa para superar a crise.
Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), essas são opções responsáveis tomadas pelas instituições financeiras para resistir à crise econômica herdada do governo petista. “Nós brasileiros recebemos um quadro muito crítico e grave da situação econômica. São problemas relacionados à corrupção, que todos os dias estão aí nas manchetes. Somado a isso, a gestão incompetente, a péssima gestão que nesses últimos 13 anos vinha sendo desenvolvida pelos governos do PT.”
No último domingo, o Banco do Brasil anunciou que busca reduzir os custos da folha de pagamento da instituição em R$ 3 bilhões por ano, para assim adequar esse custo com o resto do mercado. O desejo da diretoria é de abrir a possibilidade de aposentar 18 mil funcionários, além de fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de atendimento. Miguel Haddad ressalta que as medidas são duras, mas responsáveis diante da necessidade de sobreviver ao mercado.
“Nesse momento, as medidas que foram anunciadas pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil demonstram que gestões responsáveis e competentes podem e devem melhorar o cenário econômico como um todo.”
Além de buscar resistir à crise, as medidas tomadas pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil buscam adequar as instituições aos acordos de Basileia 3, que entram em vigor em 2019 e determinam que os bancos devem aumentar suas reservas de capital para sobreviver às crises.