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Lagoa do Carro: PSDB elege chapa de mulheres numa eleição de baixa representatividade feminina

whatsapp-image-2016-11-03-at-19-27-221As eleições municipais de 2016 revelaram, mais uma vez, a dificuldade de se eleger mulheres no Brasil. Mas o PSDB de Pernambuco conseguiu um feito duplo: eleger uma chapa de mulheres para governar a cidade de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte do Estado.

A tucana Cristiane Chagas, 37 anos, casada, mãe de um filho de 10 anos até resistiu em ingressar na política. Mas optou por esse caminho, por acreditar que como vice-prefeita de Judite Botafogo terá as chances de se dedicar ao seu compromisso de vida: o social.

Judite e Cristiane não têm em comum apenas o fato de serem mulheres e tucanas. Ambas são professoras da rede pública e da mesma área de atuação: Língua Portuguesa. A primeira migrou da zona rural para a urbana, a segunda fez o caminho inverso. E ambas se encontraram na vocação de ensinar e de se dedicar ao social. “O cuidar das pessoas sempre foi uma marca de nossas atuações, somos apaixonadas pelo cuidar das pessoas”, reforça Judite Botafogo.

whatsapp-image-2016-11-03-at-19-26-35Cristiane vive há 10 anos com o filho e o marido na fazenda Engenho Serraria. Nunca se envolveu com política. Na rede pública de ensino, trabalha na formação de professores de Língua Portuguesa. Na vida pública, a experiência que carrega é de secretária de Assistência Social de Lagoa do Carro, trabalho que lhe projetou muito no município.

“Eu só fiz o meu trabalho bem feito, só foi isso. E meu trabalho popularizou meu nome. O que primeiramente me motivou a entrar na política foi o projeto de escavação de um poço para acabar com o sofrimento de mulheres que carregavam água em lata na cabeça. Aquilo me chocou muito. Em pleno século XXI mulheres carregando lata d’água na cabeça e lavando roupa no rio! Aquele foi um dos compromisso que o então prefeito assumiu e não cumpriu e eu mesma, para honrar a palavra empenhada, concretizei o projeto do poço”, lembra Cristiane.

A resistência em entrar na política residia também na falta de um partido que se “sentisse em casa”, daí a opção pelo PSDB. “O PSDB foi uma escolha minha. Primeiro, porque sou muito estudiosa e o PSDB tem esse espaço da discussão, da formação política. Outra coisa é que é um partido que tem uma ala muito fortalecida de mulheres, um segmento legitimado. Então é algo que eu me encontro”, justifica.
*Do site do PSDB-PE