Com o chamado: “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres provoca a adesão de candidatos nestas eleições 2016 para que ferramentas de inclusão social sejam construídas e assim em 2030, o mundo possa atingir igualdade de gêneros, tanto em ambiente social quanto profissional. A candidata Rose Modesto, com chance de ser a primeira prefeita eleita de Campo Grande, é a única no segundo turno da Capital a aderir a essa plataforma que ainda projeta um mundo mais sustentável.
Entre as propostas assumidas por meio desta adesão estão compromissos para o empoderamento econômico das mulheres, como a fomentação do empreendedorismo, ampliação da oferta de vagas oferecidas em cursos técnicos para as mulheres, e o aumento da oferta de vagas em creches.
Rose já havia assumido o compromisso de concluir as 18 obras de Ceinfs (Centros de Educação Infantil) paradas e construir os outros nove que sequer tiveram início, mesmo com projetos aprovados no Ministério da Educação. Com a entrega desses 27 Ceinfs, serão mais 5000 vagas para as crianças, suprindo metade do déficit de Campo Grande. “Se as mulheres sabem que seus filhos estão bem cuidados, em um local seguro, elas podem sair para trabalhar”, justifica a candidata.
A candidata da coligação Juntos por Campo Grande (PSDB-PR-PDT-PSB-PRB-PSL-SD) também se comprometeu a enfrentar a violência contra a mulher com a adesão e implementação o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, do Governo Federal, com a implementação de Centros de Referência especializados no atendimento a mulheres em situação de violência.
REPRESENTATIVIDADE
Mesmo com as constantes campanhas feministas para paridade de direitos entre homens e mulheres, as eleições de 2016 mostraram que o Brasil ainda tem muito a fazer para construção de uma sociedade igualitária entre os gêneros. Conforme matéria do jornal Folha de S. Paulo, neste pleito, o número de mulheres eleitas caiu, ocasionando uma redução da representação política.
A situação ocorre mesmo com campanhas contra a violência de gênero, empoderamento feminino e voto consciente. Das 5.509 cidades com eleição definida no primeiro turno, apenas 639 terão prefeitas em 2017. Em 2012, nas últimas eleições, 663 foram eleitas. Conforme o IBGE, mais da metade do eleitorado brasileiro (51%) é composto por mulheres.