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Em nova política de preços, Petrobras reduz valores de diesel e gasolina

Os deputados federais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Petrobras fazem uma visita técnica à sede da empresa no Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

DEPUTADOS DA CPI DA PETROBRAS FAZEM VISITA TÉCNICA À SEDEA nova política de preços da Petrobras, anunciada nesta sexta-feira (14) pela diretoria executiva da companhia, reduz o valor do diesel em 2,7% e da gasolina, em 3,2% na refinaria. Esse desconto pode chegar ao consumidor final de acordo com decisão das distribuidoras e dos postos de combustíveis. Segundo a estatal, se a redução for integralmente repassada das portas de refinaria para a bomba dos postos, o preço da gasolina pode cair 1,4% e do diesel, 1,8%, o que corresponde a R$ 0,05 por litro de cada um dos combustíveis.

Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), a medida torna a Petrobras mais competitiva em relação ao mercado internacional. Um dos motivos que levou a companhia a reduzir os preços foi o aumento recente da importação de combustível por outras empresas.

“Essa correção de preços, agora reduzindo o valor do diesel e da gasolina, vai ao encontro das medidas adotadas pelo governo federal como um todo, buscando desenvolvimento econômico, transformando a nossa empresa em uma companhia competitiva em relação ao mercado internacional.”

Os preços praticados no exterior e as condições do mercado internacional serão avaliados uma vez por mês pelo grupo executivo de mercados e preços da Petrobras, formado pelo presidente da instituição, Pedro Parente, e mais dois diretores. Apesar de o governo federal ser o acionista controlador, a nova política reforça que o comitê da diretoria tem autonomia para decidir o valor dos reajustes, sem interferência.

Miguel Haddad destaca a importância dessa independência. Segundo o tucano, as questões políticas permearam a Petrobras por muitos anos e colaboraram com a crise que a estatal enfrenta hoje.

“Essa independência é que permite que a Petrobras comece a se recuperar, porque quando ela está atrelada ao governo federal, às variáveis políticas, a sua recuperação é muito mais difícil. Tudo isso vai transformando a Petrobras novamente em uma empresa que todos nós brasileiros temos orgulho.”

A última redução de preços dos combustíveis foi registrada em 2009. Entre os princípios da nova política, a Petrobras também estabelece uma margem para recuperação de riscos ligados às operações, como tributos, estadia em portos, e volatilidade da taxa de câmbio e dos preços.

Clique aqui para ler a reportagem da Folha de S. Paulo