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Rombo nos fundos de pensão chega a R$ 7 bilhões em seis meses

Dilma e Lula em coletiva no Planalto FOTO Wilson Dias ABrO rombo nos fundos de previdência privada cresceu R$ 7 bilhões em apenas seis meses, passando de R$ 77 bilhões para R$ 84 bilhões. Dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) apontam que os responsáveis pelo aumento são justamente os fundos de pensão das estatais, que estão sendo investigados pela Operação Greenfield por corrupção e má gestão protagonizadas durante os governos do PT. E a conta já sendo paga por parte dos servidores do Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios) – as quatro maiores entidades do país que movimentam, juntas, R$ 350 bilhões.

De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira (12), a suspeita são fraudes de R$ 8 bilhões do total de um déficit de R$ 50 bilhões, mas as perdas só serão realmente conhecidas pelos trabalhadores quando se aposentarem.

Para o deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), o aparelhamento político e partidário dos fundos trouxe não só prejuízos aos funcionários, mas também ao erário público e à deterioração dos serviços. “Os fundos de pensão desviados representam uma das ações mais graves da presidente Dilma, que sofreu impeachment justamente por escândalos administrativos de seu governo e sua omissão, que é crime de responsabilidade”, disse o tucano.

Segundo o parlamentar, o uso político eleitoral e partidário dos fundos é mais um motivador para a aprovação do projeto de Lei 388/2015, que cria um novo marco para a gestão dos fundos de pensão das empresas estatais. O projeto substitutivo, apresentado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, já foi aprovado no Senado e se encontra em tramitação em regime de urgência na Câmara dos Deputados. “O senador Aécio apresentou esse projeto para resolver o problema do povo que foi roubado pelo governo da presidente Dilma, trazendo prejuízos a todos trabalhadores e precisamos dar uma solução a isso.”

Atualmente, os prejuízos nos fundos estão sendo pagos pelos trabalhadores mais antigos que possuem benefícios definidos. Segundo a Folha, o plano do Postalis, por exemplo, está sendo coberto com duas rodadas de recursos extras, cujos aposentados chegam a pagar 14% do benefício. Funcef e Petros também fizeram propostas para cobrir o rombo, enquanto a Previ aguarda o resultado do ano para discutir a melhor forma de minimizar o problema.

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