O Brasil virou nesta semana uma das mais negras páginas de sua história. Depois de quase nove meses de gestação, o Senado aprovou com folgada maioria o afastamento definitivo da ex-presidente da República Dilma Rousseff.
É o fim de treze anos de desmandos, de desvarios e do maior saque ao Estado brasileiro jamais cometido por qualquer partido. Nem mesmo a tentativa de suavizar sua punição, com a votação que garantiu a habilitação para o exercício de cargos públicos, inclusive os eletivos, pode nos esmorecer.
Pelo contrário. O PSDB irá recorrer desta decisão do plenário do Senado para impedir que a manobra de alguns partidos da base governista – sem o conhecimento prévio do presidente Michel Temer – aliados ao PT seja exitosa.
Agora é a hora de olhar para a frente, de deixar o retrovisor de lado. O Brasil precisa avançar, deixar o impeachment de lado e cuidar de criar os milhões de empregos necessários para mudar a triste realidade da herança deixada pelo PT e seus governos.
O Brasil precisa parar de sangrar, de mostrar suas vísceras expostas e mergulhar numa profunda reflexão para recuperar forças e consertar a casa desarrumada pela incompetência e roubalheira petista.
Um ajuste fiscal forte, necessário e imprescindível, precisa ser rapidamente aprovado para conter os gastos públicos. As reformas trabalhista e previdenciária são essenciais para flexibilizar as relações de trabalho de um lado e, de outro, criar condições para garantir o pagamento da sagrada aposentadoria. Alguns privilégios de poucos não podem comprometer o futuro de milhões.
É preciso ter coragem e determinação para fazer isso e o PSDB está disposto a apoiar o governo Michel Temer para realizar essas mudanças para o bem do país. Não podemos fugir à reponsabilidade de reequilibrar as contas públicas, de executar as reformas e de criar condições para retomada de um crescimento econômico sustentável e duradouro.
O governo tucano de Fernando Henrique já fez isso, aprovando a Lei de Responsabilidade Fiscal, fazendo o saneamento do sistema financeiro com o Proer e renegociando as dívidas dos estados. Deu certo.
A inflação foi domada e só retornou com os desmandos, as irresponsabilidades fiscais e o populismo desenfreado dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.
O povo brasileiro quer paz para trabalhar. Quer segurança e a certeza de que quem comanda o país tem responsabilidade, seriedade e compromisso para com a população.
Foi o povo nas ruas que motivou as forças políticas a agir no para deflagrar o processo de impeachment e o afastamento definitivo de Dilma Rousseff e do PT. As ruas foram fundamentais para a saída definitiva dela.
O Senado interagiu com milhões de pessoas que saíram às ruas contra a corrupção, contra o desgoverno e a espoliação da Petrobras, e a favor das investigações da Operação Lava-Jato.
O impeachment de Dilma Rousseff nada mais foi do que a realização da vontade da maioria da população. Foi feita a vontade do povo.
*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB