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Placar do impeachment deixa Dilma cada vez mais perto da condenação

plenario-senado-eleicao-comissao-impeachmentLevantamento realizado pelo jornal Correio Braziliense, publicado nesta segunda-feira (1), mostra que as intenções de voto dos senadores no processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, deixam a petista cada vez mais perto da condenação. Dos 57 senadores que revelaram os votos ao jornal, 39 se posicionaram a favor do afastamento definitivo da petista. Apenas 18 são contrários à saída definitiva de Dilma do Palácio do Planalto.

Para o impeachment da presidente ser aprovado, são necessários 54 votos. Dos 17 senadores que ainda não se manifestaram publicamente sobre o impeachment, 11 declararam “sim” na primeira votação do Senado, ocorrida em maio deste ano.

Para o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), titular da comissão especial do impeachment na Casa, esse número pode ser ainda maior que o esperado. “Eu não tenho dúvida que se fosse hoje o julgamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, o placar seria de, no mínimo, 62 senadores pró-impeachment, ou seja, oito senadores a mais que o necessário, os dois terços da Casa.”

Diante do esperado resultado contra Dilma, a articulação política que buscava convencer os parlamentares de que o impeachment era um “golpe” hoje se mostra tímida. Integrantes do PT já revelam nos bastidores que é melhor que o presidente em exercício, Michel Temer, permaneça na presidência até 2018.

Ataídes Oliveira afirma que o movimento contra o impeachment também perde força à medida que o cenário econômico reage positivamente às propostas do presidente em exercício, o que conduz muitos senadores indecisos a votar pela cassação de Dilma.

“O quadro econômico, social, moral, a expectativa do povo, dos empresários brasileiros e estrangeiros, todo esse cenário mudou da água para o vinho. Então, independentemente dos crimes cometidos com relação a esse processo de impeachment, tenho certeza que esses senadores e senadoras estão fazendo essa leitura a nível nacional. Diante desse quadro não há como um senador da República ir contra.”

A comissão do impeachment no Senado vai ler nesta terça-feira (2) o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que dirá se a denúncia por crime de responsabilidade contra Dilma é procedente. A decisão pode levar a presidente afastada para um julgamento final no plenário do Senado, previsto para o dia 02 de setembro.

Clique aqui para ler a íntegra da reportagem do Correio Braziliense.