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Vagas de emprego no Brasil se restringem a um salário mínimo, mostra Caged

carteira_emprego-camila-domingues-palacio-piratiniDesde o início do ano, as poucas vagas formais de emprego geradas no Brasil possuem as faixas mais baixas de salários. Um levantamento feito pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social mostra que, até maio de 2016, foram abertas 96,5 mil vagas de até um salário mínimo, enquanto nas demais faixas salariais, houve fechamento de postos de trabalho – numa clara herança da má gestão do governo Dilma Rousseff no país. Desde 2015, as faixas com maior saldo negativo são de 2,1 a 3 salários mínimos e de 3,1 a 4 salários.

O levantamento desmente os dados apresentados pelo governo Dilma que, até o ano passado, comemorava a “plena fase de emprego” no Brasil. Em 2014, durante a campanha eleitoral, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, alertou que o Brasil não poderia se contentar com a criação de postos de trabalho de baixa remuneração. Naquele ano, segundo o Caged, só houve saldo positivo de emprego para vagas com até um salário mínimo e meio.

A deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) reforça que a queda da quantidade e qualidade das vagas de emprego é resultado das mentiras contadas pelo PT durante a campanha eleitoral.

“O Aécio, quando falava de pleno emprego, ele tinha toda razão. A população está reconhecendo o que ele falava nas campanhas eleitorais. Como em toda a campanha da presidente afastada Dilma, ela enganou. Tudo isso é uma consequência do desgoverno. Era uma máscara, um faz de conta. Então hoje estão sofrendo todas essas consequências”, afirmou a deputada.

Geovânia de Sá explica que o baixo poder de investimento, a crise econômica e os altos impostos cobrados obrigam as empresas a demitirem os profissionais mais qualificados, mantendo apenas o essencial para a produção.

“O problema que nós temos hoje da qualidade do emprego acontece porque as empresas estão investindo pouco, o que é consequência do governo e seus tantos impostos. Dessa forma, as empresas não qualificam os profissionais. Aqui no meu estado, Santa Catarina, muitas empresas estão demitindo uma massa de profissionais qualificados, com bom salário, porque não conseguem mantê-los no quadro de trabalho para poder manter a produção.”

Especialistas apontam que, nos últimos 13 anos, o modelo de desenvolvimento econômico brasileiro se estruturou apenas em torno de setores que não demandam força de trabalho qualificada e que pagam os menores salários, como agronegócio, construção civil, construção pesada e serviços.