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“Ou a gente ajuda o presidente Temer, ou vamos afundar todos”, diz Aloysio Nunes

Com nova decisão, a chapa de Aloysio Nunes volta a ter maior tempo entre concorrentes ao Senado

“Não há saída. Ou a gente ajuda o presidente Michel Temer a enfrentar os problemas que estão atrapalhando a vida do Brasil ou vamos afundar todos. O País quebra.” Foi assim que reagiu o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), em entrevista nesta segunda-feira (16) à TVeja, da revista Veja, ao ser questionado se o PSDB irá dar sustentação ao novo presidente da República.

O tucano afirmou ainda que o PSDB vai apoiar as medidas enviadas por ele ao Congresso Nacional. “Nós levamos ao presidente Temer um conjunto de propostas, que evidentemente não são detalhadas, mas uma linha que é mais ou menos na linha do discurso que ele fez.”

O senador lembrou que o PSDB teve um papel muito ativo no impeachment e reiterou que não “há a mais remota hipótese de Dilma Rousseff voltar a presidir o Brasil”. Segundo o senador, ninguém acredita que a presidente afastada tenha condições hoje de governar o país. “Nenhuma. Em quem ela vai se apoiar? Naquela base restrita de PC do B e PT, alguns gatos pingados do PDT, e na base social desses chamados movimentos sociais.”

Aloysio Nunes disse ainda que Dilma tenta manter a ideia de um governo provisório ao falar com a imprensa, mas que isso não é real. “O Michel Temer está aí pra ficar até 2018”, afirmou o tucano.

Perguntado sobre a composição do ministério, o senador disse ser a “possível” neste momento: “[foi] pensado para aprovar medidas de ajuste no Congresso que movimentem a economia brasileira”. Aloysio Nunes, porém, não gostou da falta de mulheres no ministério.

Sobre a possibilidade de criação de um novo imposto, que não foi descartada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o senador disse que, neste momento, é uma medida inviável. “Não tem gordura política para isso”, declarou.

Reformas

Na opinião do senador, reformas como a da Previdência vão encontrar resistência no Congresso, e destacou a importância de se fixar uma idade mínima para a aposentadoria. Já para uma reforma política, o tucano ressalta que é fundamental uma cláusula de desempenho.

“Hoje em dia, os partidos se coligam na hora da eleição. Depois da eleição, cada um vai para o seu lado. Então, o eleitor compra gato por lebre. Você votou no Tiririca, na eleição passada, e elege o [José] Genoino.”

A respeito das críticas ao processo de impeachment feitas por chefes de Estado de Cuba e Venezuela, Aloysio Nunes respondeu com uma pergunta: “que lição de democracia países como Venezuela e Cuba podem dar ao Brasil?”

E continuou: “Meu Deus do céu, você acha que Nicolás Maduro tem condição de nos dar lição? Temos que ter uma contraofensiva, não pela repercussão fora, porque eles usam declarações como essas pra fazer política interna para alimentar a vigarice intelectual do golpe”, concluiu.