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Enquanto o Brasil afunda na crise, Argentina recupera sua credibilidade financeira

Buenos Aires - Argentina, 10/12/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de Posse do Presidente da República da Argentina, Maurício Macri. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

http---fotospublicas.com-wp-content-uploads-2015-12-RSF_Dilma-Rousseff-posse-Maurico-Macri-presidencia-da-Argentina_01Brasília (DF) – O resto dos países da América Latina não têm seguido o exemplo brasileiro quando o assunto é economia. Enquanto o Brasil afunda em uma crise política, social e econômica sem precedentes, vizinhos como a Argentina têm recuperado sua credibilidade financeira graças a medidas de austeridade e compromisso com as contas públicas. Após o presidente Mauricio Macri assumir o comando do país, a Argentina deixou para trás o status caloteiro que acompanhava o país e conseguiu, em apenas 20 dias, recuperar posições nas três agências internacionais de classificação de risco.

Primeiro foi a Moody’s, que em 21 de abril elevou a nota de crédito da Argentina de CA para B3. Na semana passada, foi a vez da Standard & Poor’s tirar do país a classificação considerada lixo pelo mercado financeiro. A nota foi elevada para B-. Nesta terça-feira (10/05), a Fitch mudou o rating de longo prazo da moeda estrangeira da Argentina de RD, que representa alto risco de inadimplência, para B, que tem perspectiva estável. As informações são do jornal Correio Braziliense.

Em relatório, a agência Fitch destacou que “os ratings da Argentina refletem a melhora da consistência e da sustentabilidade da estrutura política do país, a reduzida vulnerabilidade externa e a diminuição das restrições de financiamento externo e fiscal”.

O país, mergulhado em uma crise econômica, mudou sua política fiscal e começou a se reconstruir a partir da ascensão de Macri à Presidência. Foram adotadas medidas de austeridade, como o corte de subsídios, a demissão de funcionários públicos e o fim do controle de câmbio.

A coalizão do governo Macri também conseguiu angariar o apoio político necessário para aprovar a legislação que finalizaria o acordo com credores. Com isso, a Argentina conseguiu acessar os mercados internacionais e captar U$S 16,5 bilhões para pagar acordos e atender suas necessidades financeiras.