Apesar de já ter sido revogada, a decisão de anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, tomada pelo presidente interino da Câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), repercutiu negativamente em diversos veículos de imprensa ao redor do mundo, o que diminui ainda mais a credibilidade do Brasil no cenário externo.
O jornal britânico The Guardian apontou que a decisão de Maranhão colocou a legislatura brasileira em um “caos” e ressaltou que, assim como vários outros políticos, ele está sob investigação por corrupção. A publicação ainda afirmou que a tentativa de anular a votação do impeachment promoveu uma “reviravolta absurda” no drama político vivido pelo país.
Como destaca o Correio Braziliense nesta terça-feira (10), o jornal Corriere Della Sera, da Itália, classificou a atitude do presidente interino da Câmara como “inesperada”. O veículo italiano também salientou que a decisão anunciada por Maranhão “não deixa claro o que vai acontecer”.
O francês Le Monde também se mostrou surpreso com a notícia. O jornal avaliou que a decisão de Maranhão “criou uma grande confusão” e que o processo que pede o afastamento de Dilma Rousseff tomou um “rumo inesperado”.
Para o jornal USA Today, dos Estados Unidos, a postura de Maranhão “atrasou e complicou” o processo de impeachment. A publicação também enfatiza que a votação do afastamento da presidente acontece no momento em que o país vive “a maior recessão em décadas” e ainda destaca as investigações de corrupção e o surto de zika vírus no Brasil.