Mesmo com a economia do país em recessão e caminhando para a depressão, a presidente Dilma Rousseff insiste em manter os 31 ministérios e inúmeros cargos comissionados, usados como “balcão de negócios” pela manutenção do projeto de poder do PT. Com a máquina pública inchada, os impactos são negativos nas contas do país. Os gastos com o pagamento de salários do funcionalismo público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) cresceu de 3,9% para 4% em 2015 e deverá chegar em 4,1% em 2016.
Para o deputado federal Max Filho (PSDB-ES), o Brasil precisa de uma agenda propositiva para voltar a crescer e o momento é de enxugar custos e instalar a meritocracia na administração pública do país. “O princípio da eficiência, que deve reger a administração pública no país, precisa ser valorizado e a meritocracia propicia exatamente isto. É premiar a qualificação e o preparo com vistas a uma prestação de serviços públicos de melhor qualidade em favor do cidadão brasileiro”.
No entanto, o tucano acredita que a presidente Dilma não tem mais condições políticas para buscar um equilíbrio nas contas públicas. “Ela já não governa mais e só tem mais um mês de mandato. Ela deverá ser afastada e essa tarefa espera-se que seja cumprida pelo presidente que vier assumir, [o atual vice-presidente] Michel Temer”.
De acordo com matéria do jornal Correio Braziliense desta terça-feira (26), o efeito das remunerações no Orçamento nos Três Poderes foi de R$ 255,3 bilhões em 2015. Para este ano, a previsão inicial era de R$ 256,9 bilhões, mas poderá ultrapassar os R$ 261,2 bilhões, e em 2017, o gasto com pessoal pulará para R$ 276,8 bilhões – uma alta de 5,9%. Os números preocupam os economistas ouvidos pelo jornal, principalmente porque o governo pediu autorização ao Congresso para um resultado negativo de R$ 96,6 bilhões em 2016 e já anuncia um rombo de R$ 65 bilhões no próximo ano.
Segundo o parlamentar, a política adotada pela petista em fatiar o governo a partidos políticos “mostra o total descontrole do Estado brasileiro e o desejo incontido de se perpetuar à frente da máquina pública desse grupo que assaltou o país”. “O excesso de cargos comissionados e de ministérios termina por premiar o ‘carreirismo’, o fisiologismo político em detrimento das carreiras de Estado que não vêm sendo valorizadas e estimuladas”, criticou Max Filho, ressaltando que até a direção da Casa da Moeda foi oferecida para os partidos aliados do PT. “Eles estão fazendo qualquer negócio para tentar se manter no governo, uma desmoralização completa do serviço público brasileiro.”