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“Rato por Lebre” e o Marketing Político”, por Eliana Piola

Facebook de Eliana Piola
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A cada eleição no Brasil, o marketing político vem se consolidando como o verdadeiro líder na disputa do pleito. Eleitores e eleitoras, dos menos aos mais esclarecidos, acabam sendo sugados pela forma objetiva ou subjetiva da imagem, do visual, dos discursos, das frases de efeitos, milimetricamente calculados pelos marqueteiros e apresentados pelos candidatos e candidatas.

Já assistimos em eleições presidenciais um terno Ricardo Almeida substituir o macacão do operário, as palavras de ordem do sindicalismo raivoso soar como um alento de docilidade na lógica de paz e amor. Assim a esperança venceu o medo e Lula chegou à Presidência da República, exercendo tanto o primeiro quanto o segundo mandato mais para os eleitores e menos para a nação brasileira.

Mais que as realizações enquanto Presidente, o criador tratou logo de deixar um legado maior: a criatura. Melhor que o substantivo feminino fosse incorporado em uma mulher e nesse contexto o marketing foi fundamental para transformar Dilma Rousseff na criatura eleita para suceder ao criador.

Produtos de marketing não são eternos, alguns duram mais outros menos tempo. Dilma revelou-se desde o seu primeiro mandato ser apenas sombra e, no segundo mandato que ora se finda, é considerada uma estelionatária eleitoral. Vários foram seus erros e descuidos como gestora maior do Brasil, agravados pelo seu desrespeito à Constituição Federal e à Lei de Responsabilidade Fiscal, que a levaram a merecer vários pedidos de impeachment.

Inegavelmente, o erro maior da criatura foi tentar obstruir a justiça brasileira ao convidar seu criador para ocupar um ministério, assegurando a ele foro privilegiado para se livrar do julgamento de um Juiz de 1a Instancia.

No momento em que oficializou o convite à Lula para ocupar um Ministério e tornar-se o articulador político do governo, Dilma declinou-se de governar o Brasil, mas se esqueceu que precisaria do Congresso para legitimar o seu ato.

Se já possuía sólida base jurídica, o pedido de impeachment passou a ter base política, e nesse lógica os deputados concluíram que se a Presidenta Dilma abriu mão de governar, melhor que o Brasil seja governado pelo seu vice presidente. Os brasileiros esperam que os senadores sigam a mesma linha de raciocínio, já que a partir desta segunda-feira (18) a bola do jogo está com eles.

Maquiagem de produto é crime previsto no Código de Defesa do Consumidor, mas em política vender “rato” por lebre é apenas marketing. Melhor que não o fosse. Que venha o Código de Defesa do Eleitor. Impeachment no Senado Já!

*Eliana Piola- 1a Secretária do PSDB Mulher Nacional/Integrante da Câmara da Mulher Empreendedora da ACID / Ex-vereadora por Divinópolis