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‘Maior erro de Dilma foi a mentira na reeleição’, diz sócio das Casas Bahia

Dilma com cara emburradaBrasília (DF) – A incerteza política atrapalha o país e obstrui o investimento das empresas, especialmente das que necessitam de crédito. Essa é a avaliação do empresário Michael Klein, sócio e filho do fundador das Casa Bahia e dono de negócios no segmento imobiliário, de aviação e de automóveis. Em entrevista publicada nesta terça-feira (05/04) pelo jornal O Estado de S. Paulo, Klein diz que o melhor para o país seria que a presidente Dilma Rousseff deixasse o cargo.

“Como ela não tem maioria no Congresso, acho melhor ela sair. Sem o apoio de deputados e senadores nada é aprovado e isso trava o mercado como um todo”, afirmou. O empresário destacou que o maior erro cometido por Dilma foi mentir para conseguir se reeleger.

“O maior erro foi a mentira. Tem um ditado antigo de criança que diz que mentira tem perna curta. Na campanha de reeleição, ela disse que o País estava bem, que o preço da energia estava assegurado, que o combustível não ia subir. E não cumpriu nada do que prometeu. Ninguém gosta de ser enganado”, disse. “Muita gente votou na Dilma achando que estava tudo bem, que ia continuar trabalhando, colocando álcool ou gasolina no seu carro flex no fim de semana, e não foi o que aconteceu”.

O empresário também foi categórico em afirmar que impeachment não é golpe, como a estratégia de defesa da presidente Dilma quer fazer os brasileiros acreditarem.

“Não é golpe. Quando ela [Dilma] assumiu esse cargo, sabia que estaria sujeita a regras e que uma das penalidades poderia ser o impeachment. Sou a favor de que a Justiça determine se ela deve continuar ou não”, considerou.

Para Michael Klein, o caminho para o Brasil sair da crise e retomar a rota do crescimento é gerar empregos na indústria e no comércio.

“A nota de crédito do Brasil piorou porque lá fora estão vendo que tem alguma coisa errada. Nós temos, sim, que nos preocupar com o que os bancos internacionais falam, com o que o FMI fala. E precisamos agir para mostrar a eles que não estamos tão frágeis a ponto de dar um calote”, avaliou.

“É preciso garantir uma estabilidade para que as pessoas tenham confiança para consumir. Ultrapassar 10 milhões de desempregados é algo muito negativo para o País”, completou o empresário.