Opinião

“Uma mistura de falta de planejamento local e nacional”, afirma Neuzinha sobre a Educação em Tempo integral

12308597_1027295970665444_655697459981609160_n-460x307A crise política e econômica que o Brasil enfrenta traz reflexos nefastos para todos os setores nacionais, mas é especialmente cruel quando se trata das recentes conquistas sociais. Com a queda na arrecadação e a falta de capacidade do Governo Dilma de enxugar a máquina pública, a relação receita/custeio segue sendo um calo para as autoridades de Brasília.

Mas, em vez de uma política de austeridade que garanta economia de recursos para usá-los nos setores essenciais, o que se vê é uma diminuição dos repasses justamente para as áreas mais sensíveis. Na educação, uma das metas alardeadas pela presidente Dilma Rousseff era a expansão de investimentos na Educação de Tempo integral, em especial na Educação Infantil. O objetivo inicial era possibilitar que prefeituras de todo o país pudessem ofertar mais vagas, o que permitiria mais mulheres trabalhar fora, sabendo que os filhos pequenos estariam bem cuidados. Para 2016, o Governo Federal havia planejado que cerca de 65 mil escolas em todo o território nacional pudessem expandir o horário de ensino para o dia inteiro.

Mas não foi o que aconteceu. A meta inicial teve de ser reduzida em muito, para adequar os investimentos à nova realidade dos cofres públicos, mutilados pela corrupção e pela péssima gestão petista. A previsão é de que pouco mais de 20 mil escolas façam a ampliação da jornada.

Em Vitória, no Espírito Santo, a vereadora e presidente do PSDB Mulher ES, Neuzinha de Oliveira, denunciou o clima de apreensão quanto ao futuro da Educação de Tempo Integral. Até o início de março, com o ano letivo em curso há mais de um mês, as aulas do chamado contraturno escolar ainda não haviam começado. Prejuízo para as famílias, especialmente as de baixa renda, muitas delas tendo que arcar com as despesas com cuidadores para os filhos, para que pais e mães pudessem lutar pelo sustento.

Como a maioria dos municípios, a capital capixaba também depende em alto grau dos repasses federais para programas específicos, como o aumento da jornada. Além disso, de acordo com Neuzinha, houve falta de sensibilidade e diálogo por parte da prefeitura. “O ano letivo começou por aqui sem que mães e pais sequer soubessem se o serviço seria mantido nas unidades que já tinham período integral, uma mistura de falta de planejamento local e nacional”, alfineta a parlamentar.

Pressionada, a Prefeitura de Vitória teve que fazer uma reunião com a comunidade escolar, no dia 11 de março.

“A consequência direta da falta de prioridade para a educação tanto em nível municipal quanto federal é que seguimos sem condições de atender a uma demanda cada vez mais crescente por vagas nas escolas de tempo integral”, analisa Neuzinha.

É mais um exemplo de como erros e desmandos do governo petista prejudicam a população brasileira, principalmente a de baixa renda. “As mulheres buscam se emancipar financeiramente, no entanto, além de encontrar um mercado em crise, se deparam com a impossibilidade de trabalhar fora também por não ter com quem deixar os filhos”, finaliza Neuzinha.

*Do site do PSDB-ES