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“Dia da Mulher”, por Lauremilia Lucena

b7d07ae18e836745f5d9748b50b178daHoje nos referimos não mais a um sonho, mas a uma realidade. Foi-se o tempo em que as comemorações do Dia da Mulher falavam de esperança e planos futuros. Nos dias atuais, a presença da mulher, em todos os segmentos da sociedade, mostra que essas esperanças se concretizaram e que a mulher assumiu definitivamente seu lugar na história.

Uma longa luta contra a intolerância e o preconceito de uma sociedade machista que relegava a mulher a realização de tarefas menores, duvidando de sua capacidade e de seu intelecto. As “sinhazinhas” criadas para o piano e a cozinha eram o padrão da mulher brasileira e internacional até o começo do século XX.

Foi preciso que o mundo entrasse numa guerra catastrófica 1939/1945 para que a mão de obra feminina começasse a galgar posições e mostrasse seu talento. Das primeiras feministas e operárias que morreram pelos seus direitos a mulher de hoje, há uma longa história pontilhada de sacrifício e de injustiças, mas coroada de sucesso.

Nesse sucesso, poderia elencar diversos nomes de mulheres que ocupavam ou ocupam posições de destaque, mas, prefiro nessa hora de comemoração voltar aos olhos e os sentimentos para a mulher paraibana de modo geral, a batalhadora que alia as funções de mãe e dona-de-casa, a um trabalho externo completando a renda familiar e ajudando a família a melhorar as condições financeiras.

É essa mulher anônima, sacrificada, a grande heroína do nosso tempo, que nas fabricas, e nos campos, nas escolas, no comércio, vem dando o seu esforço para criação de uma sociedade melhor, emprestando a força do seu trabalho para o crescimento econômico de todo o estado. Essa mulher que sem deixar de ser mãe e esposa, enfrenta às vezes condições dura de sobrevivência, mas conserva intacta a esperança e a certeza de futuro melhor.

Que essa mulher seja a grande homenageada deste dia, que seu anonimato seja símbolo dessa luta vitoriosa e que ela alcance como muitas de nós já alcançaram, os prêmios pelo seu trabalho, o reconhecimento pelo esforço e possa ser contemplada finalmente como uma cidadã, plena dos seus direitos, completa em suas realizações, felizes, como só as mulheres sabem ser.

Rogo a Maria, nossa mãe, a maior de todas as mulheres, as suas bênçãos. Que cubra a Paraíba com seu manto sagrado, dando a todas as mulheres desta terra ÂNINO para seguirmos lutando, PAZ para enfrentarmos as injustiças e AMOR para combatermos o ódio, pois o amor é o sentimento inerente à mulher e a mulher é símbolo e exemplo de amor.

*Lauremilia Lucena é presidente do PSDB de João Pessoa e ex-governadora da Paraíba