Brasília (DF) – A semana do Juízo Final termina nesta sexta-feira (04) com briga e tentativa de intimidação, por parte de milícias petistas, inconformadas com as manifestações de apoio da população à condução coercitiva do ex-presidente Lula, de Paulo Okamoto e de mais nove pessoas ligadas a eles, à sede da Polícia Federal para depor na 24ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de Alethea palavra grega que significa “busca da verdade”, essa fase apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula, durante e após seus mandatos presidenciais, o que ele nega.
Em coletiva realizada agora pela manhã, procuradores da força-tarefa da Lava Jato revelaram haver identificado mobilização de petistas para dificultar as buscas e apreensões da Operação Alethea. Segundo notícia publicada pelo jornalista Fausto Macedo, no Estado de S.Paulo, movimentação para tumultuar investigação que mira ex-presidente e vazamento de dados sobre quebras de sigilos estão sob apuração na Lava Jato.
“Há indicativos de vazamentos e foram prejudiciais. Quem tiver obstruindo as apurações serão processados”, afirmou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima.
Embora os manifestantes que defendem a proteção à imagem do ex-presidente Lula estejam bastante exaltados, os procuradores são unânimes em afirmar que ninguém está acima da lei no Brasil.
“É apenas mais uma operação. Não temos nenhuma motivação política”, afirmou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima. “Há polarização nas ruas era previsível. Tínhamos evidencias quer pessoas ligadas ao PT estavam organizando atos.”
O depoimento do ex-presidente Lula foi encerrado às 11h40, o grande tumulto no saguão do aeroporto de Congonhas, provocado por manifestantes pró e contra a condução coercitiva do petista à sala da Polícia Federal, não impediu sua saída de carro do local. Afinal, a Justiça vale para todos.
Sobre a atitude pouco democrata do presidente do PT, Rui Falcão, que convocou a militância para impedir nas ruas que a Justiça seja cumprida, a presidente do PSDB Mulher do Rio de Janeiro, Tiana Azevedo, comentou:
“De nada adianta tentar nos intimidar. Iremos às ruas. Estaremos em massa em cada cantinho do Brasil, pois só teremos uma contribuição efetiva se o movimento for em todos os cantos do Brasil. Viva a pátria brasileira. O engodo está acabando. Caiu a Bastilha! Já vão tarde esses biltres, sem pena nem glória”.