Notícias

Delação de Delcídio revolta tucanas: Desafiaram nossa inteligência

Foto: Foto: Geraldo Magela /Agência Senado
Foto: Foto: Geraldo Magela /Agência Senado

Foto: Foto: Geraldo Magela /Agência Senado

Brasília (DF) – A vinda a Brasília para organização das redes e elaboração do Manual da Candidata acabou atropelada pela divulgação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT), ex-líder do governo Dilma no Senado até ser preso por obstrução à Justiça nas investigações da Operação Lava-Jato. Parte das cerca de 400 páginas em que o senador petista confirma que Lula e Dilma estão envolvidos até os cabelos no Petrolão, e dá detalhes escabrosos da participação da atual e do ex-presidente da República nas tratativas para melar as investigações, acabaram por dominar o assunto.

Para a coordenadora de Formação e Cidadania da Executiva, Adriana Toledo (AL), não é surpresa que detalhes tão graves tenham vindo à tona. “Acho que o PT e a presidente Dilma já há muito tempo não são caso de política, mas de polícia, A única saída louvável – porque não se pode mais usar a palavra “honrada” para eles – é a renúncia, já que nem ela nem o PT têm mais qualquer condição moral de governar o Brasil”.

A 1ª Secretária Eliana Piola (MG), por sua vez, constatou a falta de necessidade de fazer oposição ao atual governo. Para ela; “não precisamos fazer oposição ao governo que está aí, o PT se encarrega de fazer isso por si mesmo. Lamento apenas que esteja acontecendo com uma mulher”.

Segundo a Folha de S.Paulo, de acordo com os documentos publicados pela revista, o senador também diz que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidirá se homologa ou não a delação.

CINISMO

Potiguar como Marcelo Navarro, Kátia Maciel, coordenadora Jurídica do PSDB Mulher Nacional, diz que com a delação fica clara a estratégia usada pelo PT durante os últimos 13 anos. “Todos diziam não saber de nada, não ter feito nada, enquanto agiam nos bastidores para evitar as investigações e não só sabiam de tudo como eram os chefes”.

Segundo a ISTOÉ, a delação desmonta a defesa de Dilma para a compra da refinaria de Pasadena, um dos mais desastrosos negócios feitos pela Petrobras, durante o tempo em que ela ocupou a presidência do Conselho de Administração da estatal.
“A versão da presidente era de que ela e os conselheiros do colegiado não tinham conhecimento de cláusulas desfavoráveis a Petrobras, mas Delcídio no anexo 17 da delação é taxativo: “Dilma tinha pleno conhecimento de todo o processo de aquisição da refinaria”. “A aquisição foi feita com conhecimento de todos. Sem exceção”, reforçou o senador. Não seria a primeira vez que Delcídio desmentiria Dilma na delação. No anexo 03, o senador garante que ela teve participação efetiva na nomeação de Nestor Cerveró para a diretoria da BR Distribuidora, contrariando o que ela havia afirmado anteriormente.”

A advogada Sandra Quezado (DF), ouvidora do PSDB Mulher, comenta da tristeza de ver uma mulher nessa situação e alerta “Candidatas precisam ganhar no voto e na lei”.

Sua observação atrai a atenção de Cinthia Ribeiro (TO), coordenadora da rede de Habitação, Transporte e Mobilidade Urbana, para quem o momento que vivemos hoje não tem a ver com gênero e sim com caráter, mais especificamente com a falta dele. “Nossa revolta é suprapartidária e temos a preocupação de evitar que esse rótulo seja associado à mulher. Todos foram culpados e desafiaram nossa inteligência”.

Jimmy Rocha, coordenadora da rede do 3º Setor, mesmo presa em uma reunião, mandou recado: “Senador Delcídio do Amaral, diga-se réu confesso e ex líder do Desgoverno Dilma Rousseff, suposta “Presidenta” e preposto de Luís Inácio Lula da Silva, vulgo “Brahma”, em acordo de delação, aguarda homologação do STF. A política brasileira, mais uma vez, é palco da “Vergonha Nacional”. Presidente ainda em silêncio sepulcral… O último a sair que apague a luz… da Estrela…. “