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Estudantes criam museu virtual com história de mulheres notáveis

Nise da Silveira
Nise da Silveira

Nise da Silveira

Volte no tempo e recorde os tempos de ensino fundamental e médio. Reflita agora sobre as suas aulas e tente lembrar o quanto você aprendeu sobre a história de mulheres importantes para o desenvolvimento da nossa sociedade. Provavelmente, esse será um exercício difícil, já que, o mais comum é aprender História contada e protagonizada por homens brancos.

A partir desse diagnóstico, a professora Maria Del Pilar Tobar criou o projeto “Heroína Sem Estátua: o conhecimento a partir das mulheres”. Desenvolvido no Centro de Ensino Médio 1 de São Sebastião (DF), o projeto desloca o protagonismo para mulheres que são e foram importantes em diversas áreas.

“O Heroínas Sem Estátua nasceu a partir da inquietação que tivemos ao ver que as mulheres pouco figuravam nos espaços de ensino-aprendizagem como personalidades a serem estudadas. Suas contribuições foram sistematicamente apagadas dos currículos”, afirmou Maria Del Pilar, em artigo sobre seu projeto.

Ela cita diversos exemplos de mulheres marcantes, em diversas épocas. “Suas contribuições foram sistematicamente apagadas dos currículos que, por exemplo, não contam das autoras de Literatura que contribuíram para o Romantismo Brasileiro, como Narcisa Amália ou Nísia Floresta”.

A docente cita ainda que tampouco aparecem em livros e nas aulas figuras como Dandara dos Palmares e Olga Benário, ambas mulheres aguerridas e lutadoras. Nas Ciências, continua Del Pilar, o esquecimento de nomes como Maria Beatriz do Nascimento e Bertha Luz também é regra nas escolas.

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