Hoje, 24 de Fevereiro, fazem 84 anos de um dos eventos de maior relevância na história da luta das mulheres: o direito ao voto feminino. A conquista foi instituída em 1932, durante o Governo Getúlio Vargas, através do Decreto 21076, previsto no código eleitoral provisório. Após anos de lutas e reivindicações das trabalhadoras, foi então possível o direito das mulheres votarem, bem como a condição de serem eleitas para cargos no poder executivo e legislativo. Porém o direito ainda não estava pleno com o exercício da cidadania das mulheres. Até então, só poderiam votar mulheres casadas (com autorização dos maridos) e viúvas ou solteiras com comprovação de renda própria. Sendo apenas em 1946 instituída a obrigatoriedade do voto às mulheres de forma massiva. Segundo publicação da revista Forbes em 2014, a presidente Dilma Rousseff ocupava a posição de segunda mulher mais poderosa do mundo no ranking anual. Ficando atrás somente da chanceler alemã, Angela Merkel. Porém, vamos refletir. Será que, de fato as mulheres estão numericamente representadas nos cargos públicos? De acordo informações do periódico El País, o Brasil está na posição 156º entre 188 países que consideram a representação da mulher no Parlamento. Este número representa uma importância tão mínima que a democracia do Brasil está atrás de países onde as mulheres praticamente não possuem direitos. Nas eleições de 2014 apenas 51 mulheres foram eleitas deputadas entre as 513 vagas disponíveis ao cargo. Isso representa um número abaixo de 10% das cadeiras públicas. Portanto, a predominância masculina nos cargos políticos ainda é uma realidade que não condiz com a democracia representativa que busca, não disputar o poder entre gêneros, mas sim fortalecer uma visão e ação política que atenda à todos e todas, de forma igualitária. O Brasil possui cerca de 52% de seu eleitorado feminino. Logo, a presença efetiva das mulheres nos campos de decisão político, econômico, cultural e social é uma consequência da sociedade que hoje vive as contradições de um cenário político machista e sexista. O Sindicato dos Comerciários de Fortaleza, portanto, parabeniza todas as mulheres que atuam dentro de fora da política, resignificando a data 24 de Fevereiro de 1932. Que este dia possa mostrar às trabalhadoras e trabalhadores que a luta das mulheres é também da sociedade, e a representatividade feminina faz parte de um cenário político mais igualitário, democrática e humano. JUNTOS PODEMOS MAIS! |
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Fonte: Victor Hudson / Jornalista – Sindicato dos Comerciários de Fortaleza | |
Última atualização: 24/02/2016 às 11:10:24 |