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PSDB Mulher RJ e PSDB de Mesquita, juntos, na Conquista do Voto Feminino

eduardosolMesquita (RJ) – Para a presidente do PSDB Mulher do Rio de Janeiro, Tiana Azevedo, são difusas as fronteiras entre teoria e prática. Enquanto a ONU e nós, reles mortais, ainda lutamos para por em prática a meta #Rumo50%, bradamos por sociedades igualitárias e pedimos pela campanha He&She, que pretende despertar os homens, para que lutem junto com as mulheres para uma sociedade menos machista, ela vai e faz. Como hoje, em Mesquita, na comemoração aos 84 anos da conquista do voto feminino no Brasil, comemorado em parceria com o presidente do PSDB de Mesquita e pré-candidato tucano à prefeitura do município, o empresário Jorge Miranda.

O evento foi prestigiado pela presidente do PSDB Mulher Nacional, Solange Jurema, pela presidente de honra e fundadora do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, a ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius e a deputada Andréia Zito,o secretário-executivo do PSDB-RJ, Eduardo Sol, representantes do PSDB Sindical, Juventude PSDB e Tucanafro além de várias lideranças e pré-candidatos tucanos de toda a Baixada Fluminense e de outros municípios, como São Gonçalo, Maricá, Niterói, Cabo Frio e Cachoeira de Macacu. Como havia prometido, Tiana realizou uma festa alegre e igualitária e lotou plateia de homens e mulheres, em comemoração a uma conquista que beneficiou a sociedade inteira.

Abertura

Abrindo o evento, Jorge Miranda disse que ninguém sente tanto a falta de remédios, os problemas que a saúde pública brasileira está enfrentando e a preocupação com as questões ambientais quanto a mulher. “Ninguém sente tanto quanto a mulher o que acontece no Brasil. Minha tia me liga de madrugada e diz: Jorge Lúcio, tenho uma amiga que não consegue botar o filho na creche, isso não pode acontecer”.

“Herança maldita receberá o PSDB na próxima eleição presidencial. Coxinha sim, com muito orgulho”: Jorge Ribeiro.

União para reconstruir

Mesquita8Para Tiana, a mulher está há muito pouco tempo participando do processo eleitoral no Brasil. “Tivemos muitas conquistas, mas há muito por fazer. Precisamos dar uma resposta ao descalabro nacional que estamos assistindo. Sou do tempo da ditadura e nunca pensei que iria sentir saudades de algumas coisas que tínhamos naquela época. Estou muito triste com a bancarrota à que o PT nos arastou. Só não joguei a toalha porque não me rendo. Quando me perguntaram se era um encontro apenas de mulheres, respondi: Não! É um encontro de mulheres, homens e crianças. Está aqui a JuventudePSDB. Precisamos de todos, para reconstruir o país”.

Tiana Azevedo encerrou sua fala chamando à mesa as representantes de Búzios, Maricá e Queimados, Duque de Caxias, Rio de Janeiro e Niterói, o mais antigo segmento feminino no estado do RJ. Tucanafro, PSDB Sindical e Juventude PSDB também

Carol Arruda, Secretária do PSDB de Mesquita, destacou o recinto lotado e disse que lugar de mulher é sim, na política. “É importante ter participação. Sabemos que o país está em uma crise, aquela estrelinha deixou o Brasil em uma situação de falência. Se Aécio tivesse ganhado, a oposição ainda diria que a culpa dessa situação era nossa. A mulher de Mesquita não tem um sistema de saúde voltada para ela. Um exame preventivo demora 90 dias para liberar seu resultado, isso é inaceitável. As escolas não têm merenda para suas crianças. O prefeito nada faz. As mulheres precisam ajudar a mudar sua comunidade”.

Deputada Andreia Zito MesquitaA ex-deputada federal Andréa Zito destacou o excelente trabalho realizado na Baixada por Tiana Azevedo, e falou da importância do trabalho da mulher, tanto no Congresso Nacional, quanto nas Assembléias Legislativas estaduais e municipais. “Precisamos ocupar nossos espaços. Tanto em Brasília como aqui, percebi a importância fundamental de ter mulheres legislando, participando”.

Eduardo Sol, homenageou a luta de Tiana Azevedo, cumprimentou Solange Jurema e Yeda Crusius, e falou sobre a importância da violência doméstica. “Enquanto cidadãos, temos a obrigação de denunciar essa prática que é muito mais comum do que se imagina. Para nós é essencial, neste ano eleitoral, colocar a violência doméstica contra a mulher no centro do cenário político”.

Fiscalização como meta política

IMG_20160220_102947976_TOPYeda Crusius agradeceu a oportunidade de estar em Mesquita, celebrando os 84 anos do direito da mulher votar no Brasil. “Muito recente, embora de certa forma, ainda não tenhamos o direito de ser votadas. Quero ressaltar dois fatos: a falência na Segurança pública e a da Saúde. Em ambos os casos quem mais sofre é a mulher. No caso da Saúde, estamos enfrentando uma epidemia de Zika, com desdobramentos terríveis, sem que as mães dessas crianças sejam apoiadas por qualquer órgão municipal. Por que essas crianças microcéfalas estão nascendo apenas no Brasil? Por que as políticas sanitaristas foram abandonadas, por que a prevenção e a política dirigida à mulher foi abandonada.”

Para a ex-governadora, é importante fiscalizar o bom uso do dinheiro público, que é mal utilizado em todas as esferas. É essencial entrar na política, fiscalizar a administração das verbas públicas e abrir planilhas. “Somos poucas na política porque os homens demoraram a abrir nossa quota de 30%, agora eles precisam de nós, aproveitem isso. Venham para nós, trabalhem conosco! O prazo está acabando. Venham para a política e ajudem a fiscalizar. O que está acontecendo em Mesquita não é um caso isolado, é nacional. Estou muito feliz por estar aqui, fazendo um trabalho que sempre quis. Quanto mais mulheres na política, melhor para os homens. Onde tiver gente para dar duro na vida, lá estaremos nós”.

“Obrigada, Tiana querida, batalhadora de todas as horas, Andréa Zito, que lutou tanto conosco na Câmara, você está fazendo falta lá, na Comissão que debate a Zika na Câmara, não há nenhuma mulher. Obrigada, Solange, por me possibilitar conhecer tanta gente nova. Obrigada a vocês, por estarem aqui, a partir de hoje comecem a lutar por cada vez mais mulheres na política”.

“Onde precisarem de gente para trabalhar duro, lá estará uma mulher”: Yeda Crusius

Política, quando feita sem seriedade, afeta nossos filhos e netos

Solange e Midiam Penha Duque de CaxiasSolange Jurema iniciou sua fala agradecendo a Tiana o convite para o evento. “Estamos comemorando 84 anos da Conquista do Voto Feminino. Começo citando uma frase que não é minha: Nenhum país trata de maneira igual seus homens e mulheres: frase da ONU fazendo uma pesquisa em vários países do mundo. Consequência: quanto maior a desigualdade, piores os índices econômicos e sociais desse país. Essa desigualdade é cultural e influi no modo como as pessoas exercem suas vidas, profissões. No Direito, até pouco tempo atrás, o mundo era masculino. Até o século XIX, o mundo profissional era masculino, essa realidade começou a mudar a partir do final da Segunda Guerra Mundial. Por que entrar para a política? Porque é nela que se fazem as leis. Todos dizem que o século XX será conhecido como o século da Tecnologia. Acho que será conhecido como o século das Mulheres.” Solange cita as creches criadas pelo Japão como exemplo de um país que usou o trabalho feminino para sair de uma crise econômica.

No Brasil a ausência de políticas sociais é enorme, quem sofre mais com isso é a mulher. Não temos com quem deixar nossos filhos. Muitas vezes vamos trabalhar deixando um filho de 5 anos para cuidar de outro de 2, e ainda somos chamadas de irresponsáveis. No Nordeste, quem carrega lata d’água na cabeça, são as mulheres. Por isso é imperativo começarmos a participar mais ativamente e trazermos para o mundo político as nossas reais necessidades.
Fazer política com olhar de gênero significa reconhecer as diferenças das necessidades de cada um e trabalhar para resolve-las, especificamente.

“Nós, mulheres, somos grandes lideranças comunitárias, trabalhamos loucamente, mas na hora de escolher o secretariado, servimos apenas para o segundo escalão. É preciso desmascarar esse padrão. Também precisamos acabar com esse costume que estabelece que o homem ganhe mais do que a mulher”.

“Precisamos exigir que política seja feita com honestidade. Não aguentamos mais ver tanta corrupção. Dinheiro que poderia estar sendo usado no combate à Zika, foi desviado para o bolso de algum deliquente. A política ‘municipalista’, que concentra todas as verbas no bolso do governo federal não pode continuar, é um modelo falido. Temos direito a esses recursos”: encerrou Solange Jurema

Novas lideranças engajadas

Alberto Szafran, da Juventude do PSDB

Alberto Szafran, da Juventude do PSDB

Para Alberto, o presidente da Juventude PSDB do Rio de Janeiro, as mulheres presentes ao evento são exemplo, pelas biografias, de que a qualificação é sinal seguro de boa administração e cuidado.

“A mulher tem um olhar sensível nas questões sociais. Percebi isso quando entrei para preencher quota. E comecei a perceber essa questão de gênero, a ter voz e a me interessar, e me assusta uma notícia que ouvi ontem, de um corte da ordem de R$4 bi na área da Saúde e Educação”: Joyce, presidente do PSDB Mulher de Armação de Búzios.

Joyce explicou que Búzios tinha a mentalidade de viver de royalties, no caso do petróleo. Com a queda, causada pelo escândalo na Petrolão, o município está sendo desafiado a se reiventar.

Tiana Azevedo encerrou o evento agradecendo a presença de todas as lideranças presentes, principalmente a Solange Jurema e a Yeda Crusius, salientando que a presença do PSDB Mulher Nacional em Mesquita, na Baixada Fluminense, mostra que, a partir de agora, o papel da mulher na política assume importância nacional.