Brasília (DF) – A política econômica desastrosa do governo da presidente Dilma Rousseff levará a renda média do brasileiro a cair 8,7% em 11 trimestres. A estimativa é da economista Silvia Matos e foi divulgada em seminário de análise conjuntural organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (26).
Nos últimos 35 anos, o Brasil teve três recessões de longa duração (nove a 11 trimestres consecutivos). A atual (2014/2016) é mais intensa que a de 1990/1992, quando o recuo de renda média foi de 7,7%, e menos intensa que a de 1981/1983, quando a renda per capita caiu 12,3%.
De acordo com a análise, a expectativa é de que a recessão dure 11 trimestres e reduza em 8,1% o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o IBGE, a renda per capita de 2014 foi de R$ 1052,00. Se a queda estimada pela FGV de fato ocorrer, seria equivalente a um corte de R$ 90,00 mensais, a valores de 2014.
Para a economista, com a inflação em alta, o consumo médio das famílias deverá cair 3,7% neste ano e 3,2% em 2016. O pior cenário é para os empregados do setor privado. O desemprego medido pela Pnad Contínua foi de 6,8% no ano passado, deverá ser de 8,5% em 2015 e de 11,7% em 2016.
Ou seja, em 2016 o número de novos desempregados poderá passar de 2 milhões. A massa de rendimento real dos assalariados cai ininterruptamente desde 2013. Segundo a reportagem, é provável que 2016 seja um ano ainda pior para as pessoas, pois a recessão atingirá uma economia enfraquecida pela inflação e o desemprego, fazendo com que o custo dos erros recaia mais sobre a população que não pode se defender.