A 19ª fase da operação Lava Jato apelidada pela Polícia Federal de “Nessum Dorma” – Ninguém Durma – mostra como a quadrilha que se instalou no governo federal conduzida pelo PT realmente acredita, aposta na impunidade.
É de espantar ao mais ardiloso dos bandidos do nível e audácia de um narcotraficante como o colombiano Pablo Escobar, como, mesmo com a deflagração de prisões, de condenações, a quadrilha gerida pelo PT e aliados continuou “operando”, sem dormir e esperando que a Polícia Federal e promotores continuassem dormindo, o que felizmente não ocorreu.
O delegado e o procurador responsáveis por essa nova fase do inquérito da Lava Jato não esconderam sua indignação e preocupação com o fato de que ainda no decorrer desse ano a quadrilha usou artifícios para desviar dos recursos da Eletronuclear, mais uma estatal pilhada pelo PT e seus aliados.
Ou seja, mesmo com a operação Lava Jato em campo, os bandidos fizeram repasses em janeiro deste ano, desta vez na Eletronuclear, onde o rombo estimado é de R$ 140 milhões, por enquanto.
Pois é isso mesmo que você está pensando: depois do Mensalão, do Petrolão, começa a se revelar o assalto feito a Eletronuclear, pelo mesmo esquema montado na Casa Civil da Presidência da República do governo Lula.
E quem afirma isso não é nenhum prócer oposicionista e sim o procurador regional da República, Carlos Fernando dos Santos Lima, que textualmente acusou: “Não tenho dúvida nenhuma de que todos ligados à Casa Civil do governo Lula, tudo foi originado dentro da Casa Civil”.
O esquema sempre foi o mesmo, o de se comprar apoio político-partidário, acumular dinheiro ilegal para campanhas eleitorais do PT e, em muitos casos, buscar o enriquecimento pessoal de supostos “líderes” petistas.
A cada etapa da operação Lava Jato o país acorda com mais uma novidade do destemor e ousadia dessa quadrilha. E ecoam fortes as palavras da música “Vai Passar”, de Chico Buarque, que fez tanto sucesso no fim da ditadura militar, e que hoje se revela tão atual, infelizmente:
“Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”
Uma bela música, símbolo de resistência na ditadura militar e, no entanto, trágica em sua contemporaneidade.
*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB