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Quais países oferecem as maiores e as menores licenças-maternidade?

25 Jul 2014, London, England, UK --- Close up of baby being breastfed at a café --- Image by © Jorn/Corbis
25 Jul 2014, London, England, UK --- Close up of baby being breastfed at a café --- Image by © Jorn/Corbis

25 Jul 2014, London, England, UK — Close up of baby being breastfed at a café — Image by © Jorn/Corbis

Há alguns dias, a empresa americana Netflix anunciou a extensão das licenças concedidas por maternidade e paternidade. Ela oferecerá aos seus funcionários e funcionárias até um ano de afastamento remunerado, sem fazer distinções entre homens e mulheres.

Essa política da empresa supera bastante o “padrão” de licenças desse tipo usado ao redor do mundo.

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Atualmente, existe uma preocupação no mundo desenvolvido por melhorar as condições do nascimento dos bebês. Os especialistas têm enfatizado cada vez mais a necessidade de ampliar o período de licença maternidade para conseguir isso. E a licença paternidade também tem entrado nessa discussão, já que é ainda um direito pouco implantado.

A BBC traz aqui uma lista dos países que garantem os melhores e os piores benefícios de licença maternidade e paternidade, incluindo a América Latina.

Países com licenças maiores
Só 34 países (incluindo o Brasil) cumprem a recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de conceder ao menos 14 semanas de licença à mãe com remuneração não inferior a dois terços dos seus ganhos mensais no trabalho.

A maioria das mulheres trabalhadoras do mundo – cerca de 830 milhões – ainda carece de uma proteção de maternidade suficiente. Quase 80% delas são da África e da Ásia, segundo a OIT.

Os últimos dados da organização apontam que as maiores licenças maternidade estão na Europa. Em destaque, estão os países de economia mais forte, como o Reino Unido, com 315 dias de licença; a Noruega, também com 315; a Suécia, com 240; e os países do leste europeu como a Croácia, com 410 dias de licença – o país com maior tempo de licença maternidade no mundo todo.

Montenegro, Bósnia e Albânia também oferecem um período bom de afastamento para as mães que acabaram de ter filhos – 1 ano de licença.

Outro ponto importante nessa discussão é o salário que essas mulheres recebem no período afastado. Os pagamentos variam. Por exemplo, no Reino Unido, as mulheres recebem 90% de salário nas primeiras seis semanas de licença e, da semana sete até a semana 40, paga-se pouco menos que 90% – a partir da semana 40, o afastamento já não é mais remunerado, segundo a OIT.

A Croácia oferece 100% de salário por seis meses e, na Noruega, paga-se 100% de salário se a mulher ficar afastada por 35 semanas ou 80% se ela preferir ficar de licença por 45 semanas. Já a Suécia oferece 80% de salário durante todo o período de afastamento.

Países com licenças mais curtas
Do outro lado da balança, aparecem sobretudo os países da África e da Ásia, com pouco desenvolvimento econômico, que oferecem períodos bem mais curtos de licença maternidade – a Malásia e o Sudão são os que ‘lideram’ a lista das “piores licenças” do mundo, dando apenas oito semanas de afastamento para as mulheres que tiveram filhos.

Mas não são apenas países subdesenvolvidos que oferecem períodos muito curtos de licença maternidade. A maior potência econômica do mundo também está nesse grupo – sendo superada nesse quesito até por alguns países com altíssimo nível de pobreza. Os Estados Unidos oferecem somente 12 semanas de licença maternidade e sem nenhuma remuneração.

E na América Latina?
Na América Latina, a política dos países é desigual, mas ainda nenhum deles fica perto de oferecer as melhores licenças. As maiores, segundo os dados da OIT, são:

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