*Publicado na edição desta quarta-feira (27) do jornal Diário da Manhã
A descrença na política que inundou os debates País afora é, em grande parte, reflexo das práticas dos agentes públicos para chegar ao poder e se manter nele. Em detrimento da fidelidade a legendas e programas partidários, falam muito mais alto os acordos por cargos, a troca de interesses e os favorecimentos de toda sorte, muitas vezes, criminosos.
Às vésperas da eleição para o diretório do PSDB em Goiânia, prevista para o próximo domingo, 31 de maio, se torna fundamental e urgente uma reflexão sobre o envolvimento das bases e lideranças em torno de um projeto capaz de fazer diferença aos olhos dos eleitores.
Prestes a chegar aos 27 anos, nascido no bojo da nova democracia brasileira, o PSDB traz consigo como desafio a implantação de um grande pacto nacional em nome da eficiência e probidade na condução da máquina pública, como aguarda, sem muita esperança, a sociedade brasileira, massacrada pela chaga da corrupção e pela inoperância do poder público.
Para alcançar essas metas, os correligionários já têm cartilha: as principais diretrizes detalhadas no programa do partido, quais sejam a qualificação dos serviços públicos, com educação, saúde e segurança de qualidade; a retomada do crescimento econômico, com geração de emprego e renda; e a retidão e transparência na administração.
Só que pouquíssimos percebem que onde reinam os interesses particulares e de pequenos grupos não há espaço para o florescimento de tais propostas. Por isso, abrir mão das expectativas pessoais em nome de uma nova política passa necessariamente pela união em torno de propostas reais de bem-estar e satisfação para todos os brasileiros. Não para alguns.
Desta forma, assim como o PSDB, defendo uma reforma política com o fortalecimento dos partidos em nome das grandes bandeiras do país. E nesse momento de escolher novas lideranças, é esse o sentimento que precisa ser levado em conta, sob pena de o Brasil nunca mais ver a sociedade em paz com a política. Por isso, mesmo no município, nosso pequeno cadinho, o partido pode e deve dar exemplo.
*Cristina Lopes Afonso é vereadora do PSDB e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Vereadores de Goiânia