Há, ainda, muito preconceito e mesmo machismo na visão daqueles que criticam o site do PSDB-Mulher por postar, na seção “Dicas da Semana”, receitas de comidas.
Parece absurdo que em pleno século XXI, depois das inúmeras conquistas femininas a partir da Segunda Guerra Mundial, ainda ecoem vozes preconceituosas e discriminadoras só porque se repassa uma dica, apenas uma dica de uma receita.
Por que não pode falar da cozinha?
Qual a regra de comportamento de luta pela afirmação da mulher na vida social, política e econômica do país que impede essa troca de informações sobre culinária, assim como se faz de livros e filmes?
Então, o que se quer é definir um estereótipo de mulher feminista com voz grave, mal vestida e arrogante?
Não, de jeito nenhum!
Nossa luta pelo fim da violência, discriminação e preconceito – como esse – é muito maior do que a simples e saudável troca de receita em nosso site.
As mulheres têm se mobilizado nos últimos anos não só por sua autonomia, mas principalmente por um Brasil melhor, como demonstram as imagens das manifestações que reuniram milhares de brasileiros.
A presença feminina é massiva!
As mulheres do PSDB estavam lá em defesa de um Brasil mais justo, protestando contra a corrupção que assolou a Petrobras, como a que se revelou na operação Lava-Jato, jogando luz sobre o chamado “Petrolão”.
É retrógado imaginar que um site de luta feminina não possa postar receitas.
O espaço da cozinha, o ato de cozinhar, há muito é ocupado por homens e mulheres, inclusive se tornando um campo profissional especial para os brasileiros – temos centenas de chefs de cozinha.
O PSDB-Mulher tem uma longa história de conquistas e um reconhecido papel na formação de suas militantes e mobilização do partido.
Não temos, portanto, qualquer razão para temer “os assuntos da cozinha”.
É justamente o contrário. Machista e estreita é a percepção de quem vê constrangimento em mulheres politizadas tratarem dos chamados em tempos remotos de assuntos do lar. É precocneito, puro e simples.
A criação de um espaço no site destinado a troca de dicas e receitas culinárias e de outros temas não diminui o papel das mulheres que militam no PSDB.
Dar significado pejorativo a isso é preconceito e intolerância, reitero.
O PSDB-Mulher entende que a condição feminina, assim como a masculina, deve ser compreendida e valorizada em todos seus aspectos, o que pode incluir a troca de receitas.
Portanto, a pergunta a ser feita é: por que não falar da cozinha num espaço partidário?
Entender que a divulgação de uma receita culinária pode representar um endosso do PSDB-Mulher a qualquer tipo de preconceito machista, como daqueles que costumam dizer que lugar de mulher é na cozinha, é um absurdo e lamentável.
A troca de receitas é um gesto de carinho, de amizade, de compartilhamento.
Em tempo: a receita em questão veio de um filho de uma das integrantes do PSDB-Mulher que, nem por isso, sofreu qualquer discriminação.
Afinal, cada vez mais, homens e mulheres gostam de receitas.
Sem preconceito de gênero e nem de orientação sexual.