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Por iniciativa da bancada feminina do PSDB, comissão debaterá efeitos do uso de anticoncepcionais

Da esquerda para direita: Shéridan, Geovânia, Mara, Bruna e Mariana no dia da posse como deputadas federais, em fevereiro.

Da esquerda para direita: Shéridan, Geovânia, Mara, Bruna e Mariana no dia da posse como deputadas federais, em fevereiro.

Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara (CSSF) aprovou nesta semana requerimentoapresentado pela bancada feminina do PSDB, no qual as deputadas tucanas solicitam a realização de audiência pública para debater a prescrição e os efeitos decorrentes do uso de anticoncepcionais hormonais.

O debate, de acordo com as deputadas, será elucidador sobre o tema e poderá proporcionar a adoção de medidas que contribuam para o diagnóstico precoce e para melhorar a qualidade de vida das mulheres. Foram convidados para a audiência o Ministro da Saúde, Arthur Chioro; o presidente da ANVISA, Jaime César de Moura Oliveira; a Ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; o presidente do Conselho Nacional de Medicina, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima; além de vítimas do uso de anticoncepcionais.

A ideia surgiu em novembro do ano passado, quando a deputada Mara Gabrilli (SP) foi procurada por Carla Simone Castro e Simone Vasconcelos, duas mulheres que sofreram graves consequências pelo uso deste tipo de medicamento. O caso delas e de outras mulheres foi retratado em reportagem da Revista Época no início deste mês. O pedido para realização do debate foi assinado conjuntamente pelas deputadasGeovânia de Sá (SC), Mariana Carvalho (RO), Bruna Furlan (SP) e Shéridan (RR).

No requerimento, as parlamentares destacam a inquestionável eficácia dos medicamentos tanto como método contraceptivo, quanto no tratamento do hiperandrogenismo (excesso de hormônio masculino), da dismenorreia (cólica menstrual), da menorragia (excesso de menstruação) e da tensão pré-menstrual. As deputadas ressaltam, porém, que é necessário atentar para os casos que apresentam efeitos colaterais pelo uso desse tipo de medicamento.

Segundo relatam, mulheres vítimas de anticoncepcionais hormonais estão se mobilizando em busca de medidas protetivas, tanto para esclarecimentos sobre as reações adversas pelo uso do medicamento, quanto para o estabelecimento de critérios mais rigorosos para a sua prescrição. “Assim, por meio de medidas preventivas, muitas vezes simples, pode se evitar o acometimento de casos como trombofilia, embolia pulmonar, tromboembolismo cerebral, que podem evoluir para quadros e sequelas mais graves, como cegueira, paralisias, tetraplegia, amputação de membros e até a morte”, destacam.

Fonte: PSDB na Câmara