Opinião

“O sonoro sim para a pauta das ruas”, por Solange Jurema

Foto: George Gianni/PSDB

Solange Jurema – ex. Ministra e Presidente Nacional Secretariado Nacional da Mulher

O movimento popular que levou mais de três milhões de brasileiros em três centenas de cidades brasileiras chegou à Praça dos Três Poderes em Brasília, chegou ao Congresso Nacional.

O grupo “#VemPraRua”, saiu dela e ganhou o tapete verde do Congresso Nacional para impulsionar a ação política das oposições ao governo Dilma Rousseff.

E conseguiu.

“Um sonoro sim para a pauta das ruas”, sentenciou o presidente nacional do PSDB, senador mineiro Aécio Neves, aos representantes do movimento e dos demais partidos de oposição – PPS, SD, DEM, PSB, PV – presentes ao encontro.

A partir de agora, os partidos de oposição e o movimento das ruas caminharão ainda mais próximos e mais afinados para desmascarar o atual governo petista de Dilma Rousseff, que a cada dia envergonha ainda mais o Brasil e o povo brasileiro.

Há de se ter toda a cautela e toda a legitimidade jurídica para deflagrar o processo de impeachment, que também a cada dia ganha as ruas e se mostra como a alternativa para reconduzir o país nos trilhos da governabilidade.

A discussão entre as oposições já está aberta!

Nesse contexto, não se pode esquecer a enorme importância que teve nessa mobilização popular a campanha do candidato Aécio Neves à Presidência da República no ano passado.

Sem Aécio Neves na campanha presidencial não haveria a rua inflamada dos dias de hoje.aécio-movimentos-de-protesto-george-gianni

Foi a sua perseverança, a sua constante denúncia dos erros cometidos na economia; da existência da corrupção; do loteamento político do Estado brasileiro; que certamente ajudaram a criar essa conscientização, materializada na indignação do povo, massivo nas praças públicas.

E essa ação política mais concreta e palpável entre o Congresso Nacional e povo, como exigem os movimentos sociais que ocuparam as ruas, praças e cidades brasileiras, começa a ganhar mais corpo à medida que se escancara o escândalo da Petrobras.

Por si só, a prisão do tesoureiro do PT, partido da Presidente da República, é outro escândalo que coloca em suspeição a própria reeleição de Dilma Rousseff, até porque surgem os primeiros indícios de que parte da dinheirama do Petrolão abasteceu campanha política das eleições de 2014.

Criado “longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas”, como bem definiu o saudoso Franco Montoro, o PSDB não se furtou e não se furtará a se ombrear com os milhares de brasileiros que querem o fim da corrupção, atinja a quem atingir.