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Curso para capacitação de novas lideranças em Maceió repete o sucesso das versões anteriores

Foto: Tania Ribeiro

Foto: Tania Ribeiro

Maceió – As tucanas brilharam na tarde de encerramento do curso de capacitação de novas lideranças do PSDB-Mulher em parceria com a Fundação Konrad Adenauer.

Participaram do último painel do dia, “Funcionamento dos partidos políticos no Brasil”, Thelma de Oliveira, vice-presidente do PSDB-Mulher Nacional, e Nancy Ferruzzi Thame, presidente do PSDB-Mulher/SP que, ao lado de Eduardo Magalhães, cientista político e professor da UFAL, integraram a mesa que teve a moderação de Marina Caetano, da KAS.

Os debates, como no primeiro dia, foram muito concorridos. As novas tucanas nordestinas, preparadíssimas, mostraram que não foi por acaso que o voto feminino começou no Nordeste.

Funcionamento dos partidos políticos no Brasil

Eduardo Magalhães, cientista político, professor da UFAL, disse ser um fato a mulher não ter a participação merecida dentro de todos os partidos políticos e, em particular, no PSDB.

Partido político é um grupo de pessoas que partilha as mesmas ideias sobre como um país deve ser governado, explicou. “Vivi fora do país durante vinte anos, estudando o Brasil de fora pra dentro, e percebi no povo brasileiro essa maneira de ser diferente. Trabalhar com uma raça especial, exige um tratamento diferente”. O professor disse, ainda, que copiar o pensamento alemão, em que sempre há um chefe, não funciona no Brasil, por exemplo.

“Deixei o PSDB, mas estou pensando em voltar, porque vejo que o partido está repensando o papel da mulher em seus quadros e vejo a participação feminina como indispensável para um retorno à suas raízes ”, prestigiou o acadêmico.

“A mulher é fundamental, se o Brasil quer ser o país do futuro”: Eduardo Magalhães.

Thelma de Oliveira, vice-presidente do PSDB-Mulher Nacional, para quem as novas filiadas precisam conhecer o partido em que acabam de ingressar, contou um pouco da história do PSDB, mostrando as diferenças existentes entre ele e muitos dos atuais 32 partidos existentes.

“Participamos da redemocratização do país, da campanha das Diretas Já, espero que agora, no dia 15, tenhamos o mesmo número de pessoas na rua”, disse Thelma de Oliveira.

Relembrando a atuação do PSDB no cenário nacional, Thelma chegou ao impeachment de Collor e comenta jamais haver esperado voltar a ouvir essa palavra tão frequentemente como está acontecendo hoje.

Thelma mostrou às novas tucanas as principais realizações do governo FHC, desmontando anos de calúnias e desqualificações de propaganda petista.

Thelma, Solange e Nancy ótimas, na reunião de 13.01“A criação da Secretaria dos Direitos da Mulher é uma conquista do PSDB, começou no governo Fernando Henrique com Solange Jurema à frente, por mais que o PT tente se apropriar dela”: Thelma de Oliveira.

“O PSDB-Mulher nasceu porque não temos o espaço que merecemos, temos mais de 40% de filiadas no PSDB, mas precisamos criar esse espaço dentro do partido. Nossa briga acontece diariamente, até para garantir os 5% a que temos direito por lei”, disse Thelma, para quem certamente os homens nos temem. Ela lembra que, quando chega a época das eleições, os recursos não são divididos igualmente e nossa luta não é apenas nelas. Temos que combater inclusive nas eleições de Diretórios e Executivas.

Nancy Thame, presidente do PSDB-Mulher/SP, fechou o painel sobre partidos políticos, falando sobre o grande número de partidos existentes atualmente com amparo em resoluções do TSE. “O Fundo Partidário e a possibilidade de sair de um partido para um partido novo, sem sofrer sanções, explica muita coisa”.

“Precisamos romper essa dificuldade que temos de nos perceber e de perceber a nossa força, quando nos unimos”: Nancy Thame, presidente do PSDB-Mulher/SP.

“Para participar, além do PSDB-Mulher, é importante que vocês estejam nos diretórios municipais e estaduais, porque não adianta termos mulheres no Secretariado e não dentro das reuniões da Executiva. Não ter acesso ás informações e ficar fora das eleições não é opção. Cumprir cota de 30% na suplência não é opção, a lei fala em espaço de poder”.

Nancy lembra que eleição não começa no dia, “já começou”. Se ficar só no pedido, não funciona, e temos que nos unir, cada uma de nós depende da outra.

Encerramento

A repercussão entre as participantes não poderia ter sido melhor, Maria José Vítor da Silva, do PSDB-Mulher de Natal, disse: “o curso foi fantástico, esclareceu todas as dúvidas e enriqueceu meu conhecimento político. Quero crescer com ele”.

Já a vereadora pelo PSDB-Mulher do Ceará, Eliana Passos, de Guaraciaba do Norte, fez questão de dizer, “participar foi uma oportunidade ímpar, ampliei minha visão sobre a democracia e a ascensão da mulher na política. Vai contribuir imensamente para o desempenho do meu mandato”.

Solange Jurema encerrou dizendo que é sempre muito bom fazer esse curso, porque a troca é muito intensa, “a gente sai reabastecida de cada um desses encontros”. Na verdade, todos esses segmentos femininos partidários, como o PSDB-Mulher, são resultantes de um movimento do século XX, que revolucionou o mundo e as relações humana: o feminismo. Não tenham medo de se assumir feministas, porque nada disso teria sido possível sem ele. Vamos voltar para casa sabendo que nós podemos, podemos mudar o mundo, o que está acontecendo aqui. Tudo é possível”.