A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) foi a parlamentar que mais conseguiu assinaturas para a implantação da CPI da Petrobras, cujo pedido foi protocolado pela oposição na última terça-feira (3).
Eleita com uma expressiva votação de 60.324 votos nas últimas eleições com a proposta de ser a voz da nova política no Congresso Nacional, a deputada já comprovou no início do seu mandato que vai corresponder à expectativa do significativo eleitorado que lhe transformou num grande fenômeno nas urnas.
Comandada pelo PSDB, a operação para obter apoio para a comissão conseguiu reunir 186 assinaturas. O mínimo necessário são 171. O requerimento contou com assinaturas de deputados do DEM, PSDB, PPS, PSC, PMDB, PDT e PSD.
Da bancada rondoniense, além de Mariana Carvalho, assinaram o pedido de criação da CPI da Petrobras apenas os deputados Marcos Rogério (PDT) e Expedito Netto (SD).
No ano passado, duas comissões de inquérito foram criadas para investigar as denúncias de corrupção na estatal – uma CPI mista, com a participação de deputados e senadores, e uma CPI só do Senado. Comandadas por parlamentares governistas, as duas comissões encerraram os trabalhos sem resultados significativos.
O relatório do deputado Marco Maia (PT-RS), relator das duas comissões, pediu indiciamento de pessoas que já estão sendo investigadas pelo Ministério Público, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, mas poupou políticos que teriam se beneficiado pelo suposto esquema de pagamento de propina instalado na empresa.
Conforme procedimento previsto no regimento interno, a Secretaria-Geral da Câmara irá verificar a regularidade das assinaturas. Havendo, de fato, apoio de um terço da Casa, caberá ao presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) assinar o ato de instalação do colegiado, após analisar pertinência do objeto de investigação.
Da assessoria da deputada