Opinião

“Apareceu, mas não convenceu”, por Thelma de Oliveira

Foto: George Gianni/PSDB
Foto: George Gianni/PSDB

Foto: George Gianni/PSDB

Desaparecida do cenário politico nacional, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, apareceu novamente envelopada na mesma cantilena que repete desde os tempos em que participava do ministério do seu antecessor: muito blá blá blá e pouca verdade no seu discurso.

É impressionante; ela e sua equipe política tentam, por todos os meios, falsear a dura realidade econômica do país e manipular a opinião pública de maneira constante e permanente.

Para o seu incrivelmente inchado ministério de 39 pastas e cerca de 15 partidos, a petista-presidente elogiou seu novo ministro da Fazenda, um estranho no ninho (e fora do ninho natural dele), e deu as diretrizes de contenção de gastos para consertar as contas publicas que ela mesma estraçalhou para garantir sua reeleição.

É notável como ela trata do tema economia – inflação alta, desemprego, recessão, pibinho, déficit público – como se não tivesse nada com isso, como se outro governo, como se outro presidente da Republica fosse o responsável pela critica situação econômico-financeira do governo e do país!

Não, senhora Presidente, não há nenhum outro responsável por isso, que não a senhora. Quem sentou na principal cadeira do Palácio do Planalto e ordenou o aumento de despesas, a contratação descabida de cabos eleitorais disfarçados de servidores públicos; quem beneficiou empresas para ganhar doações de campanha tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff!

Não há, portanto de pedir a seus ministros e assessores que não percam “a batalha da comunicação”, que desmintam os “os boatos” que circulam na sociedade…

Não se pode pedir o impossível a seus auxiliares, presidente Dilma.

Não foram eles que na campanha eleitoral prometeram que não haveria mais impostos, que o emprego aumentaria, que não haveria recessão e que os preços ficariam sob controle e que os direitos trabalhistas permaceriam intocáveis, mesmo que “a vaca tussa”. 

Quem prometeu foi a candidata-presidente Dilma Rousseff.

Quem fomentou os desmentidos, quem gerou clima de insegurança e de temor em relação ao futuro do povo brasileiro foi a candidata-presidente.

Além disso, mesmo no seu desaparecimento público, não faltaram novidades do seu governo como o anúncio de mudanças sérias na concessão de benefícios sociais, previdenciários e trabalhistas, com mudanças no seguro-desemprego e concessões de pensões a viúvas, por exemplo.

Não dá, presidente de segundo mandato, para negar “em alto e bom som”, como a senhora pediu, o que a realidade impõe a nós e a seus 39 ministros.

Afinal, eles terão que combater não só os fatos como também os seus próprios companheiros de partido que reagem à sua tentativa de consertar os rumos da politica econômica desse seu novo governo e que, assim como milhões de brasileiros, acreditaram em suas promessas de campanha e que se transformaram no maior estelionato eleitoral da historia recente do Brasil.