Opinião

“Deus e o diabo na terra do PT”, por Nancy Ferruzzi Thame

Foto: PSDB-Mulher SP
Foto: PSDB-Mulher SP

Foto: PSDB-Mulher SP

Discurso eleitoreiro foi o que ouvimos o tempo todo da presidente Dilma em comerciais de campanha, em debates, por onde passou, enquanto tudo valia “até o diabo” para fazer o brasileiro votar em sua reeleição. Não podemos deixar de ficar indignados ao ler estampado nas manchetes de jornais de hoje as “medidas impopulares” que ela usava para atacar Aécio Neves, quando lhes faltavam os argumentos e as propostas de real mudança na situação do Brasil. Por ora anuncia, maquiando a sua estratégia de mais uma vez esconder e renegar os erros de sua gestão, as tais medidas e não fala com a imprensa, manda recado pelo partido que representa. Pois o pacote de maldades de Dilma, do PT, os remendos que a presidente e sua equipe tentam fazer neste barco custam caro para nós, brasileiros, eleitores, trabalhadores, empresários, agentes sociais a bordo.

Não que a situação do país fosse se apresentar diferente a outro governante que assumisse, mas aqui quero chamar a atenção para o que pôde e deveria ter sido feito em 13 anos deste partido no Poder. O PT não olhou as demandas do Brasil como um todo, não teve visão macro, fincou suas bandeiras sociais no território que agora entrega à Deus e achou que estava bom assim. Até poderia estar, visto que a conhecida tática de manter-se no poder destes que aí estão é mais do que clara. Mas o país, ainda que seja a pátria mãe de Deus, é nosso, inclusive deles que parecem arrumar desculpas para abandoná-lo à própria sorte ou à fé dos brasileiros. Meus caros, temos questões que dependem de uma gestão política séria e comprometida.

O PT deu poder de consumo aos que não tinham, deu, não ajudou e nem ensinou a conquistar. Resultado, sem saber lidar com o crédito, o brasileiro se endividou. Acreditou no caminho mais fácil que esta política desacertada pregou como verdadeiro e possível, a mais cruel das manipulações, deu o falso poder e a ilusória proteção. Enquanto isso, deixamos de investir em infraestrutura, na base de sustento de uma economia para o desenvolvimento de toda a cadeia. Um estadista precisa enxergar o país como uma estrutura interligada e mais, precisa levar a sério as questões mundiais, conjunturais que afetam a todos, como o meio ambiente. Será que teremos de para sempre carregar essa fama do “jeito brasileiro” e virar exímios gestores de crises, especialistas do popular “se vira nos 30?”

Administrar é antever crises, informação serve para agir com mais assertividade e, com todo o respeito que se deve a fé de todos os cidadãos, depositar em Deus a responsabilidade sobre o que você não fez, realmente, é de uma irresponsabilidade tamanha, é pueril. Já dizia a minha avó, quando nos ensinava ainda crianças: “Deus ajuda, mas você precisa fazer por onde.”

*Nancy Ferruzzi Thame é presidente do PSDB-Mulher SP