Foram divulgados, no início deste mês, os números do crescimento do PIB goiano no terceiro trimestre do ano. Muito embora tenhamos um desempenho menos favorável que no trimestre anterior, há motivos para comemorar. De julho a setembro de 2014 a produção goiana cresceu 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto em nível nacional a economia teve queda de 0,2%. No acumulado do ano, a produção goiana cresceu 1,9%, contra apenas 0,2 do PIB nacional. Portanto, continuamos com desempenho bastante acima da média do país.
Em 2014, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Mauro Borges (IMB), a comparação entre o PIB de Goiás e do Brasil se deu da seguinte forma: primeiro trimestre Goiás (2,1%) Brasil (1,9%); segundo trimestre (2,1%), (-0,9%); terceiro trimestre (1,3%), (-0,2%); e no acumulado do ano, o PIB goiano chegou a 1,9% e o brasileiro, 0,2%.
Neste cenário se destaca o desempenho da indústria goiana, cuja atividade apresentou crescimento de 2,8% no terceiro trimestre, apesar do recuo de 1,5% em nível nacional.
Este número, especialmente, demonstra com muita clareza o acerto da política de desenvolvimento praticada em nosso estado, que vem conjugando incentivos à geração de emprego e renda, com investimentos em infraestrutura e logística no estado de Goiás.
Por este motivo, temos trabalhado intensamente pela aprovação, no Congresso Nacional, do projeto de minha autoria que convalida os benefícios fiscais direcionados à geração de emprego e renda no estado. Nesta semana, conseguimos aprovar a convalidação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, e na semana que vem vamos trabalhar por sua aprovação também no plenário do Senado.
A aprovação deste projeto na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado já foi uma grande conquista. Conseguimos, com esse projeto, promover a aproximação e o diálogo entre os representantes dos estados. Agora, para acabar com a disputa fiscal, os estados não estão mais “frente a frente”, mas sim “lado a lado”. Conquistamos um patamar de diálogo inédito nas discussões da reforma tributária.
Mas a convalidação não é o final das conquistas. Ainda há um longo caminho a percorrer. Precisamos ampliar o crédito ao investimento produtivo no estado de Goiás e na Região Centro Oeste. Precisamos aumentar o volume de recursos disponíveis ao Fundo de Desenvolvimento do Centro Oeste (FDCO), atualmente escassos e muito aquém das necessidades de um estado que cresce a taxas consideráveis. E precisamos, também, de um banco de fomento na Região Centro Oeste, que defina prioridades e catalise os investimentos em segmentos econômicos fundamentais para a geração de emprego e renda e para a infraestrutura na região. Estes instrumentos, quando disponíveis e adequadamente empregados, trarão um novo patamar de desenvolvimento para o estado de Goiás.
A convalidação dos benefícios fiscais é um grande passo, ao qual se seguirão outros, que, juntos, têm o potencial de trazer um ciclo ainda mais forte de desenvolvimento para Goiás e o Centro Oeste, com geração de empregos e renda para as famílias trabalhadoras.
¹Lúcia Vânia é Senadora (PSDB-GO),Ouvidora Geral do Senado e jornalista.
²Artigo publicado originalmente no jornal O Popular de domingo, 14 de dezembro de 2014.
*Do Facebook da senadora Lúcia Vânia