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Aécio Neves: “Pela primeira vez, PT enfrentará oposição conectada com a sociedade”

Foto:George Gianni/PSDB
Foto:George Gianni/PSDB

Foto:George Gianni/PSDB

Em entrevista ao jornal O Globo deste domingo (9), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, analisou, entre outros assuntos, o cenário pós-eleições, as investigações da Petrobras, a incoerência entre o discurso durante a campanha e as ações tomadas pela presidente Dilma com o fim do pleito, e afirmou que fará uma oposição “vigilante e fiscalizadora para que os escândalos não sejam varridos para debaixo do tapete”. Para o tucano, a oposição sai “extremamente revigorada das eleições”.

O senador lamentou que a presidente reeleita desperdice a oportunidade de “renovar, admitir equívocos e mudar rumos”. “Ela começa com o mesmo roteiro: reúne partidos para discutir um projeto de reforma política ou uma agenda de crescimento? Não! Reúnem-se em torno da divisão de ministérios, de nacos de poder”, afirmou.

Para Aécio, o sentimento pós-eleições é de “quase como se tivéssemos ganhado”. A contradição no discurso da presidente também chamou a atenção do tucano.

“A candidata Dilma estaria muito envergonhada da presidente Dilma. Para a candidata, aumentar juros era tirar comida da mesa dos pobres. Três dias depois da eleição, o BC aumentou os juros. Para a candidata, não havia inflação. A presidente agora admite que há e que é preciso controlá-la. A candidata dizia que as contas públicas estavam em ordem, e descobrimos que tivemos um setembro com o pior resultado da história. Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História”, reiterou.

Durante a entrevista, o senador também comentou sobre os rumos e posicionamentos que a oposição irá tomar. “Vou cumprir o papel que me foi determinado por praticamente metade da população. Vamos ser oposição vigilante, fiscalizadora, e não vamos deixar que varram para debaixo do tapete, como querem fazer, esses gravíssimos escândalos que estão aí”, destacou.

Sobre a CPI da Petrobras, Aécio foi categórico ao afirmar que irá às últimas consequências nas investigações, sem importar a quem atinjam. “O que pode estar vindo por aí é algo muito, mas muito grave. Nosso papel é não permitir, do ponto de vista político, tentativas de limitação das investigações”, disse.

Aécio também citou a diferença entre os seus ideais e a “nova direita”, que vem defendendo a volta dos militares ao poder. Para ele, essa minoria nostálgica nada tem a ver com a história do PSDB. “Sou filho da democracia. A agenda conservadora, antidemocrática e totalitária é a do PT. Tancredo disse: ‘Olha, para a esquerda não adianta me empurrar que eu não vou’. Ele era um homem de centro. E, agora, eu digo: ‘Para a direita não adianta me empurrar que eu não vou’”.

Para conferir a entrevista na íntegra no jornal O Globo, clique AQUI.