Opinião

“Votar é essencial”, por Solange Jurema

urna-eletronica_1_0A menos de 10 dias das eleições do dia 5 de outubro, que levarão 142 milhões de eleitores brasileiros às urnas para escolher seus representantes, é necessária uma reflexão sobre porque ainda existem tantas pessoas que pensam em votar nulo ou branco ou mesmo em se abster.

Esse é um fenômeno que nessa eleição presidencial assume proporções maiores do que a de pleitos anteriores – cerca de 15% -, e uma de suas origens está na danosa prática política adotada pelo Partido do Trabalhadores na Presidência da República nos últimos 12 anos.

Já chamou a atenção da mídia, de todos os analistas e mesmo dos políticos, o fato de que 75% dos jovens maiores de 16 anos aptos a retirar seu título de eleitor para votar preferiram não faze-lo! Apenas 25% se dispuseram e exercer a cidadania em seu grau maior em um regime democrático, que é eleger seus representantes.

É um sinal desalentador para uma nação que viveu anos sob a tutela militar; que conquistou nas ruas o sagrado direito de votar e ser votado e, agora, percebe seus jovens completamente desinteressados em participar de um pleito eleitoral que definirá o futuro deles e de todos nós, nos próximos quatro anos e mais além.

Precisamos despertar os jovens para a política e sensibilizar os que pretendem votar branco ou nulo, ou se abster, para que se convençam que essa não é a solução. Para acabar com as mazelas  políticas, para dar fim aos desmandos do PT no Estado brasileiro com “mensalões”, “petrolões” e outros desvios de comportamento que tanto desiludem a população, em geral, para a participação política, a solução é o voto e a participação popular, não o alienamento.

Há de se conscientizar a todos que, quantos mais eleitores deixarem de votar, ou votarem em branco ou nulo, ou se abstiverem, mais poder terão esses políticos que desqualificam a vida político-partidária do Brasil.

A omissão, a pequena participação popular é que abre o caminho para os malfeitores, para aqueles que usam da política para se promover, para se servir do poder e amealhar fortunas literalmente surrupiadas dos cofres públicos para abastecer partidos e/ou contas bancárias de dirigentes partidários.

Basta recordar que nas últimas eleições presidenciais 21% dos eleitores brasileiros deixaram de comparecer às urnas, um número que somados aos de brancos e nulos quase alcançou a casa dos 30% do total do eleitorado em 2010!

Um absurdo, que não pode ocorrer novamente, nesse momento em que o país tanto precisa de mudanças e da massiça presença de seu povo na condução dos rumos da política.