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Aécio assume compromissos com os trabalhadores

Foto: Orlando Brito/PSDB
Foto: Orlando Brito/PSDB

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O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, assumiu nesta quinta-feira (7/8) uma agenda de compromissos em favor dos trabalhadores, com o objetivo de recuperar o poder de compra da população e melhorar as condições de vida.

Em visita à porta de uma fábrica nas primeiras horas da manhã, em São Paulo (SP), Aécio se comprometeu a garantir aumento real do salário mínimo durante seu governo e a corrigir a tabela do Imposto de Renda, para assegurar a isenção do tributo a uma faixa maior de assalariados. Neste ano, o candidato apresentou no Senado proposta que garante o reajuste da tabela do imposto de renda pela inflação, ao tomar como base o IPCA, mas a base do governo vem impedindo sua votação.

“Estamos aqui hoje assumindo compromissos com os trabalhadores brasileiros. Compromisso com o reajuste real do salário mínimo, com o reajuste da tabela do Imposto de Renda. Mas, acima de tudo, compromisso em estabelecer no Brasil um clima que permita a retomada dos investimentos. Sem investimentos, não há crescimento e não há emprego”, afirmou Aécio durante o evento em que foi recebido por líderes sindicais e trabalhadores da Voith, fabricante de máquinas.

Segundo ele, as ações serão acompanhadas de uma política de tolerância zero com a inflação. “Temos a credibilidade necessária para fazer com que o Brasil volte a crescer”, acrescentou.

Indústria

Aécio estava acompanhado do governador de São Paulo e candidato à reeleição Geraldo Alckmin e de José Serra, que concorre ao Senado, ambos pelo PSDB, além do presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, e do presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres.

Ao falar à multidão de trabalhadores reunidos na porta da fábrica na troca de turno, Aécio disse que o país vive sua maior crise de desindustrialização durante o atual governo. “Estamos hoje na porta da Voith para alertar o Brasil inteiro que esse governo perdeu a capacidade de sinalizar no caminho da retomada do crescimento. O governo não inspira confiança e, sem confiança, não há investimento”, afirmou.

Serra também criticou o processo de perdas que as indústrias vêm sofrendo por causa da política econômica. “A Voith, por exemplo, perdeu 40% de seus empregados nos últimos 10 anos em razão dessa crise”, afirmou o ex-governador. Atualmente a Voith tem quatro mil trabalhadores.

Os sindicalistas criticaram em discursos a política econômica do governo e suas consequências na indústria. Paulinho reclamou da falta de correção da tabela de Imposto de Renda, que penaliza os assalariados ao não atualizar a faixa de isenção do tributo. “A tabela do Imposto de Renda tem sido reajustada em 4,5%, enquanto a inflação estoura os 6%. É um absurdo”, disse o deputado.

Voltar a crescer

Ao chegar à porta da fábrica por volta das 6h30, Aécio foi saudado aos gritos de “presidente” e palavras de ordem pelos trabalhadores. Ele posou para fotos e conversou com os funcionários, entre eles o ajustador mecânico Aristóteles Soares dos Santos, de 64 anos. “Tem que mudar muita coisa nesse país. O Brasil precisa voltar a crescer, a criar mais empregos”, disse Aristóteles. Aécio lembrou que atualmente o Brasil vem crescendo menos do que os demais países da América Latina, inclusive aqueles com economia menor do que a brasileira.

*Rede45