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Dra. Quitéria Cordeiro, uma candidata movida a paixão

Foto: Divulgação da candidata
Foto: Divulgação da candidata

Foto: Divulgação da candidata

Brasília (DF) – A Dra. Quitéria Cordeiro teria razão para ser uma pessoa introspectiva. Afinal de contas, a moça é médica, com especialização em oncologia ginecológica, e trabalha com pacientes portadores de AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, o que a coloca em contato com perdas inevitáveis. O trabalho, longe de abatê-la, é uma paixão em sua vida, assim como a dança; a pintura; o mar; a vida. Para apimentar ainda mais sua rotina, Dra. Quitéria aceitou o desafio de lançar-se candidata a deputada federal pelo PSDB, sob o número 4533, em outubro próximo. Pensando bem, essa geminiana elétrica é regida pela paixão, simples assim.

 

PSDB-Mulher – Alguma vez a senhora se sentiu discriminada por ser mulher? A questão de gênero ainda é empecilho para as políticas?

Dra. Quitéria – Não, nunca me senti discriminada, a única coisa que escuto muito é porque estou disputando um cargo como deputada federal e não distrital.

PSDB-Mulher – Quais são as suas bandeiras de campanha?

Dra. Quitéria – Minha principal bandeira sempre foi atender a população mais carente, realizar um grande sonho; construir um hospital da mulher para que ela tenha um atendimento como merece e não ser atendida sem respeito, sem referência e contra referência para tratamento adequado de qualquer diagnóstico. Quero construir em Brasília o Hospital do Câncer, que a cidade não tem. Eu fui portadora de dois canceres e sei como é dolorosa essa doença. Atualmente existe uma fila de sete mil pacientes, esperando serem chamados para uma cirurgia, ou tratamento adequado. O câncer não espera, este é outro sonho meu.

PSDB-Mulher – Como anda a saúde pública em Brasília, o que pode ser feito para melhora-la?

Dra. Quitéria – A saúde pública está muito ruim para toda população, não só em Brasília como em todo o país. Faltam leitos; médicos; enfermeiros; técnicos, odontologia e, o mais grave, faltam medicamentos para doenças graves como diabetes, hipertensão e sífilis.

É humilhante um paciente acidentado ou portador de outro diagnóstico ficar em uma cadeira e não no leito, porque falta tudo. Temos que realizar concursos públicos para todas as áreas da saúde, colocar gestores responsáveis, que queiram realmente melhorar a qualidade do atendimento, e fornecer condições dignas de trabalho para os profissionais de saúde.

PSDB-Mulher – A senhora atende pacientes com AIDS essa experiência é muito penosa? Como anda a prevenção a essa doença?

Dra. Quitéria – Sempre trabalhei com DST/AIDS e é muito triste atender um jovem HIV positivo. Mas o mais triste é ver que o governo federal abandonou a campanha de prevenção à AIDS. O Brasil é o único país no mundo em que aumentou o número de contaminados pelo HIV e isso se deve à falta de uma política séria de saúde pública.

PSDB-Mulher – A Organização Mundial de Saúde acaba de lançar um alerta sobre o vírus Ebola, que ameaça se tornar uma pandemia, corremos algum risco, aqui no Brasil?

Dra. Quitéria – Acredito, sim, que o vírus EBOLA possa chegar ao Brasil e mais do que isso, acredito que não estamos preparados para impedir que ele chegue ao Brasil.