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#MaisMulherNaPolítica Entrevista: Linda Saba

Linda Saba, na Convenção Estadual com o PSDB-Mulher
Linda Saba, na Convenção Estadual com o PSDB-Mulher

Linda Saba, na Convenção Estadual com o PSDB-Mulher

Psicóloga com especialização em Desenvolvimento Social, Linda parte para um novo desafio. Aos 58 anos, concorrerá nessas eleições a uma vaga de deputada Estadual pelo PSDB SP. Diretora do C.R.A.S. – Centro de Referência de Assistência Social – ,da Prefeitura Municipal de Ilha Comprida, em 2012 teve a experiência da campanha para vereadora que deixou clara a razão para persistir.“Se quero mudanças reais não me basta apenas exercer minha profissão, não me basta apenas questionar e criticar, tenho que fazer muito mais. Terei que estar dentro do processo que me permita participar integralmente dessas mudanças”, afirma. Funcionária efetiva da Educação no Estado durante 24 anos, Linda atua com desenvolvimento social há 40 anos. “Questionava sobre como trabalhar outras políticas públicas sem se considerar os indicadores sociais. A partir daí, passei a estudar mais sobre gestão social e a perceber que sem esses indicadores nenhuma das outras políticas públicas poderiam ter instrumentais”, conta. Para ela, desta forma é que as realidades sociais podem favorecer as formulações e as reformulações de quaisquer políticas públicas, sejam na educação, saúde, habitação, transportes, saneamento, emprego e renda. Um de seus trabalhos relevantes foi na Prefeitura de São Paulo, como diretora de Equipamento Social, por onde reestruturou e reurbanizou o entorno do bairro Parque Novo Mundo, com atendimento direto a 35 mil famílias em situação de vulnerabilidade social.

PSDBMulherSP – O que motiva a sua candidatura nestas eleições?

Linda Saba- Acreditar que podemos fazer muito mais, desde que todo o universo das políticas esteja realmente voltado e sendo dirigido de forma concreta, para a realidade de cada município, aplicada por profissionais das áreas específicas, com conhecimento e comprometimento, que se utilizam dos reais indicadores sociais para construção e a reconstrução de uma sociedade mais justa, digna e ética. Somente assim conseguiremos, de forma sustentável e democrática, melhorar a qualidade de vida das famílias brasileiras. Considero este o meu maior desafio. Estou aposentada do serviço público, desde abril de 2011, mas optei por me manter em atividade. Atualmente moro e trabalho no município Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira, em São Paulo. A grande motivação que me levou a aceitar o convite para ser candidata à deputada Estadual foi uma constatação simples: em todos estes anos de trabalho descobri que, por melhores e bem-intencionados que sejam os funcionários públicos, e tive o enorme prazer de trabalhar ao lado de pessoas incríveis nestes anos todos, determinadas estruturas do sistema podem limitar o campo de atuação. Por mais brilhante que seja uma ideia, sempre esbarramos num “limite”, o que dificulta o alcance de bons resultados. Portanto, para que possa auxiliar ainda mais na implementação das medidas necessárias para a melhora na vida das pessoas, é importante ocupar funções que me libertem dessas travas. É preciso estar dentro do sistema para poder participar integralmente da efetivação destas mudanças.

PSDBMulherSP- Por que escolheu o PSDB para ser sua legenda?
Linda Saba – Durante todos esses anos fui funcionária pública concursada e trabalhei com todos os partidos políticos, portanto, pude concluir e comprovar que o PSDB é o único que contempla minhas expectativas profissionais e ideológicas. Todas as implantações de programas e projetos sociais com resultados construtivos e com inclusão social de fato se deram em gestões do PSDB, por isso aí está a razão da minha escolha.

PSDBMulherSP- Fale sobre o apoio que o partido, por meio do Secretariado de Mulheres, tem dado a você para que este objetivo seja atingido.

Linda Saba – Um dos meus maiores presentes foi fazer parte do secretariado de Mulheres do PSDB. Há toda uma preocupação em capacitar, orientar, instrumentalizar as mulheres para os períodos de campanha e também para a sua atuação político-partidária. A política se faz todos os dias, por todos os cidadãos, não apenas pelos políticos eleitos. E o que o PSDB Mulher faz é justamente isso: prepara as mulheres para que assumam este protagonismo e o empoderamento. Toda essa bagagem de conhecimento não somente se reflete nas candidaturas municipais, mas nas estaduais e nas federais. Serve também para o nosso dia a dia, seja ele familiar ou profissional. É com esse apoio que faremos a diferença.

PSDBMulherSP- Acha que preparo influencia no resultado da campanha? Por que?

Linda Saba- Sem dúvida que sim. No momento em que a pessoa se dispõe a efetuar sua inscrição e enfrentar os enormes desafios de uma campanha para ocupar um cargo público, é imprescindível que ela esteja preparada para informar os eleitores sobre suas propostas e projetos, além de dispor de ferramentas para poder colocar tudo isso em prática, de maneira eficiente e transparente. Sem preparo e conhecimento, não há condições de contribuir. Nós mulheres, em especial, temos que ter a consciência de que não poderemos estar para simplesmente compor os 30% que a legislação obriga, mas sim para integrar o quadro de políticos eleitos que farão o trabalho para transformar a vida das pessoas para melhor. Este preparo, aliás, não é algo que se faz por um período determinado. Ele é contínuo.

PSDBMulherSP – Qual a maior dificuldade da mulher para a atuação política?

Linda Saba – Em pleno século XXI ainda temos os resquícios de uma cultura machista, infelizmente. E este conceito de que lugar de mulher não é na política, como se política fosse apenas uma função/cargo, mesmo entre as próprias mulheres, atrapalha o caminho que nos tira da condição atual. Em municípios de pequeno porte essa dificuldade é ainda mais latente e pontual. No Brasil, os números sobre a participação das mulheres na política falam por si só. É temerária esta “herança cultural” que não enxerga espaço na política para a mulher brasileira, portanto, depois de décadas de lutas, estamos conquistando cada vez avançando e recebendo destaque em todas as esferas sociais. Ora, se na iniciativa privada, por exemplo, já estamos em situação de “quase igualdade”, por que na política não pode ser igual? Somos mais da metade dos habitantes deste país, e esta porcentagem deve estar devidamente representada no Legislativo, no Executivo e no Judiciário. Muito mais do que ter um cargo, é fundamental para o país que a mulher exerça o seu papel na sociedade por meio da atuação política dentro e fora das esferas do poder público.

*Publicado originalmente no site do PSDB-Mulher SP