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Mais de R$ 9 milhões de gastos das estatais com ingressos para a Copa demonstram desrespeito, critica Izalci

dilmacopaebcBrasília – O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou nesta quinta-feira (5) que as despesas milionárias de empresas estatais com ingressos para a Copa do Mundo – reportagem publicada pela Folha nesta quinta-feira identificou gastos na ordem de R$ 9 milhões de entidades como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – revelam mais uma confusão entre público e privado feita pelo governo do PT.

“Definitivamente, esse governo perdeu a noção, desrespeitou mais uma vez as fronteiras. A situação é um verdadeiro absurdo, uma situação ilegal e imoral”, disse o tucano.

Os ingressos comprados pelas estatais serão distribuídos a “clientes estratégicos” e ao público interno das companhias. O Banco do Brasil, por exemplo, entregará as entradas a clientes do núcleo “ultra high”, com investimentos superiores a R$ 50 milhões.

Os gastos não foram registrados somente nas empresas federais: o Banco de Brasília (BRB), do governo Agnelo Queiroz (PT), investiu R$ 1,2 milhão em ingressos para os jogos no DF.

Contrastes

Izalci citou que os gastos das estatais reforçam também outra característica que marca a Copa do Mundo no Brasil: os contrastes que há entre o público “escolhido” e a população em geral.

“A maior parte dos trabalhadores brasileiros não têm renda para comprar ingressos e, por isso, ficará longe dos jogos. Outros tantos amargam filas, sem sucesso, atrás de entradas. Enquanto isso, o governo federal usa dinheiro público para beneficiar alguns endinheirados”, disse.

O tucano lembrou ainda que as contradições se veem também no alto custo de alguns estádios, que contrastam com a falta de infraestrutura de áreas como saúde e educação. “Em Brasília, o governo local investiu bilhões com o estádio e deixou a saúde sucateada. Há unidades que nem têm médico para atender a população”, criticou.

Izalci pediu que o Ministério Público apure o caso.

*Rede45