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“Militância feminina na política brasileira”, por Eliane Aquino

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Foto: Acervo pessoal

Que contribuição podemos dar no processo eleitoral deste ano? Às vésperas de uma nova disputa eleitoral no Brasil, fico a me perguntar sobre a participação feminina neste cenário. Não apenas a mulher como candidata a um cargo público, mas, sobretudo, a mulher como militante de um processo de mudança para seus estados e o nosso país.

Como podemos contribuir na construção de uma política limpa, de projetos de igualdade de direitos e deveres, de um debate onde estejam em voga os princípios de desenvolvimento e cidadania de todos os brasileiros?

Assim como a poesia de Cecília Meireles, onde podemos dizer que a mulher em geral “aprende com as primaveras a se deixar cortar para voltar inteira”, é importante que a gente compreenda o significado da nossa contribuição como eleitora e formadora de opinião nas eleições que se seguem neste ano, a fazer valer a “arte política como pressão social”, a exemplo do que defendia a socióloga Ruth Cardoso, ex-primeira dama do Brasil.

É importante, ademais, que possamos compreender o quanto podemos e devemos influenciar na construção, ou reconstrução, de uma Nação sem desigualdades. E onde estamos? Estamos em todos os lugares, em todos os campos, e podemos, em cada um deles, fazer diferença na opinião, na avaliação, na defesa de causas que tenham como meta a melhoria da qualidade de vida para todos os brasileiros.

Estamos nas escolas, na família, na mídia, na arte, na literatura, nos serviços gerais, nos ônibus, nas feiras livres, nos supermercados, nos salões de beleza e moda. Estamos onde podemos, de forma efetiva, a dizer que somos capazes, que temos opinião, que podemos entrar neste debate de cabeça erguida, abalizadas pelo o que vemos, vivemos, ouvimos, sentimos.

Penso, como Cora Coralina, a nossa Ana Lins de Goiás, que “Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”, e é isso o que eu acho que, nós mulheres, devemos encampar como bandeira de luta feminina nas eleições deste ano: unidade no debate de ideias por um Brasil melhor para todos, homens e mulheres, ensinando e aprendendo, com a certeza de que somos responsáveis, igualmente, pelo resultado do processo eleitoral em nossos estados, em nosso país.