Opinião

Mercado de trabalho desigual

Brasília – Apesar dos avanços significantes obtidos pelas mulheres, a desigualdade de gêneros no mercado de trabalho persiste.

Segundo a  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada no ano passado, as mulheres contabilizam 51,5% da população, com 100,5 milhões de pessoas, frente aos 94,7 milhões de homens, que representam 48,5%.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que uma em cada cinco trabalhadoras são empregadas domésticas.

Apesar da maior escolaridade, as mulheres ainda recebem, em média, 70% da remuneração masculina. Além disso, a taxa de ocupação de cargos de chefia também é muito baixa: apenas 23% na presidência ou posições similares. Do total de vagas de trabalho, as mulheres representam 45%.

O estudo também informa que 51,2% das mulheres estão no trabalho informal e 11,6% das mulheres ocupadas com 16 anos ou mais não têm rendimentos, trabalham para o próprio consumo ou não têm qualquer tipo de remuneração.

De acordo com a Pnad, juntando as horas gastas com o trabalho formal e dentro de casa, as mulheres chegam a trabalhar mais de 58 horas por semana: 13 a mais.