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Novo estímulo do governo petista a endividamento das famílias é caso de polícia, alerta Hauly

Foto: Alexssandro Loyola
Foto: Alexssandro Loyola

Foto: Alexssandro Loyola

Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a decisão do Banco Central (BC) de liberar R$ 45 bilhões para estimular a oferta de crédito no mercado é um caso de polícia. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff e a diretoria do BC deveriam ser criminalizadas por tentarem incentivar, mais uma vez, o endividamento dos brasileiros.

 “A economia não vai nada bem. Nenhuma reforma aconteceu e não houve melhora da competitividade e da produção nacional. Este governo trabalha só no consumo, endividando as famílias, as empresas, os governos estaduais e municipais”, criticou o tucano.

Na última sexta-feira (25), o BC anunciou medidas para estimular a economia brasileira, que patina e preocupa representantes do setor produtivo, economistas e cidadãos. De acordo com a instituição, os R$ 45 bilhões vão sair dos recolhimentos compulsórios – recursos que os bancos enviam obrigatoriamente aos cofres do Banco Central.

Hauly chamou de “fraude eleitoral” a iniciativa de Dilma e equipe. Eles tentam acalmar empresários e cidadãos com uma falsa perspectiva de bem-estar. “Lamentavelmente, é um governo sem rumo e que demonstra fragilidade diante dos mercados nacional e internacional”, apontou.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), disse que a manobra só faz aumentar o descrédito do PT diante da sociedade. “A presidente Dilma e sua equipe econômica já deram todos os sinais de que não sabem o que fazer para melhorar a situação caótica que a economia brasileira atravessa. Inflação alta e um quadro cada vez mais recessivo”, disse o deputado em seu perfil no Facebook.

 

SEM COMANDO 

A avaliação negativa dos tucanos sobre a política econômica da petista reforça o que já é senso comum no setor produtivo e na casa das famílias. É decepcionante a conduta da presidente numa área-chave de qualquer nação. Prova disso é o desempenho pífio de vários setores.

A atividade industrial, por exemplo, recuou 1,6% entre janeiro e maio deste ano, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o pior resultado para este período desde 2009, quando houve a queda de 9,1%.

As baixas projeções de crescimento do país também atestam a desconfiança geral sobre a gestão da presidente. Para instituições conceituadas, como Franklin Templeton Investments, Banco Fibra e consultoria GO Associados, o avanço deve ser de aproximadamente 0,5%. Caso esse percentual se confirme, Dilma terá uma gestão comparável a do ex-presidente Fernando Collor.

Por enquanto, algumas entidades ainda apostam numa expansão que varia de 1% a 1,3%. Entre elas, a CNI e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na semana passada, a organização estrangeira revisou para 1,3% o crescimento do PIB brasileiro. Foi a quinta vez seguida este ano que o FMI reduziu a estimativa de avanço da economia do país.

Do PSDB na Câmara