Brasília (DF) – A partir do requerimento do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), o Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a operação da venda de ativos pela Petrobras na África. Há suspeitas que o negócio tenha sido efetuado por um preço bem inferior ao valor efetivo dos ativos. O pedido do tucano foi encaminhado, em maio, ao Ministério de Minas e Energia (MME) pedindo esclarecimentos.
As informações estão em reportagem deste domingo (13) do jornal O Globo.
Os ativos são participações acionárias em blocos em seis países: Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na Nigéria, já há dois poços produtores e um em desenvolvimento. A produção total da Petrobras na África em abril foi de 29 mil barris diários, a maior parte na Nigéria e um pouco em Angola.
A operação com o BTG Pactual, fechada em julho do ano passado, está envolvida em polêmica desde o início. Segundo fontes do mercado, antes da posse de Maria das Graças Foster na presidência da Petrobras, que ocorreu em fevereiro de 2012, os técnicos que estudavam a venda de parte dos ativos da Petrobras Oil & Gas BV (POG) — subsidiária com os ativos da África — teriam estimado que o negócio poderia gerar um ganho de US$ 7 bilhões.
A operação foi fechada em 28 de junho de 2013. O consórcio de investidores é liderado pelo BTG Pactual e inclui vários outros investidores.
De acordo com O Globo, desde a entrada do BTG, a Petrobras Oil & Gas perfurou três poços, sendo dois no Gabão e um em Benin, a um custo de US$ 207 milhões. Mas eles não resultaram em descobertas.
Imbassahy disse que pediu explicações sobre a operação depois de ter recebido várias informações de ex-funcionários da Petrobras e empresas de consultoria que apontaram a possibilidade de a venda ter representando um prejuízo para a estatal.
*Rede45