Reza a boa prática política e social que autoridades públicas sejam respeitadas, sigam as regras básicas de civilidade e respeitem o cargo que ocupam, especialmente um relevante, como o de ministra de Estado.
Infelizmente, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campelo, não cumpre esses preceitos e, esquecendo sua posição, ataca duramente, com adjetivos toscos, a proposta do senador Aécio Neves de aprimorar o Bolsa Família, aprovada na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, esta semana, após duro embate com o PT, que era contra.
Definir a proposta como “leviana”, “eleitoreira” e afirmar que ela “distorce” e “deforma” o Bolsa Família é um gesto autoritário e prepotente, vindo de alguém que deveria respeitar o cargo que momentaneamente ocupa.
Há de se ter postura, se respeitar a liturgia do cargo e a trajetória de um político do porte de um senador da República, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
A pergunta que cabe, senhora ministra, com todo respeito, é aonde a senhora estava enquanto Aécio Neves trabalhava por Minas e pelo Brasil?
O povo mineiro sabe que ele, nesse período, estava levando aos mineiros mais necessitados a indispensável rede de proteção social que os retirasse – em vez de tentar mantê-los nela – da situação de carência social em que se encontravam.
A preocupação e a adoção de políticas públicas voltadas para os mais necessitados não é, senhora ministra, uma exclusividade do PT e de seus governos e nem seus dirigentes tornaram-se o “o pai” ou a “mãe” dessas politicas sociais. Até porque não são eles os inovadores nessa área. Diversos governos tucanos, nos três níveis, criaram novos e bem sucedidos programas dirigidos ao povo carente.
Portanto, já passou da hora de entender que um programa como o Bolsa Família não é “propriedade” dessa ou daquela administração, como o PT e seus governos querem fazer crer à população.
O Bolsa Família é uma conquista do povo brasileiro, resultado de ações de governos anteriores, da sociedade civil, como o “Fome Zero” do presidente Itamar Franco e do Betinho, e a unificação dos programas assistenciais promovidos pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
Como bem propôs o nosso presidente tucano Aécio Neves, exatamente para evitar distorções de pensamento como a que o PT demonstra agora, é que o Bolsa Família deve ser uma permanente política de Estado e não de governo.
O projeto de Aécio retira de governos futuros a chance de usar o Bolsa Família como moeda de troca, assustando a população carente com boatos infundados. Os governos mudam, o programa permanece.
É assim que se faz Política; com “P” maiúsculo.