Pesquisa, publicada na revista Veja, mostra que o eleitorado feminino em outubro de 2022 será definitivo na escolha de quem comandará o Palácio do Planalto a partir de 2023. O levantamento da Genial/Quaest indica que 40% das entrevistas afirmam que podem mudar de voto. O desafio, segundo especialistas, é conquistar a fidelidade das mulheres. A pesquisa foi feita nos primeiros dias de junho nos 26 estados e no Distrito Federal.
O levantamento aponta a concentração dos focos de interesses das eleitoras na escolha de quem votar: tudo o que envolve com a vida doméstica influência de maneira decisiva. Se na última eleição presidencial, predominaram os temas relativos à Operação Lava-Jato, o antipetismo e a rejeição ao sistema político em vigor, desta vez o debate se concentra na “feminização da fome”.
Na pesquisa, boa parte das entrevistadas reclamou de falta de dinheiro para comprar comida e também dos impactos da pandemia da Covid 19 no cotidiano. As críticas, neste segundo item, são da forma como o assunto foi tratado, o negacionismo e as dificuldades oriundas a partir daí.
Sensíveis aos reflexos da inflação, da precarização dos serviços de saúde pública e aos problemas referentes ao coronavírus, as mulheres, segundo especialistas, passaram a valorizar mais seu peso político e a força do voto nas eleições de 2022. Também observam com tristeza os números de vítimas da violência doméstica e da ausência de segurança pública no cotidiano.
Eleitorado
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve no Brasil aumento de um milhão e meio de eleitores no mês de abril quando comparado a março de 2022. Segundo as estatísticas eleitorais, em 30 de abril, o país contava com 149.836.269 eleitores, sendo 79.224.596 mulheres e outros 78.444.900 homens.
O aumento total foi de 1.508.873 pessoas em comparação ao mês de março deste ano, quando o eleitorado era de 148.327.396. Destaca-se ainda que os dados são preliminares e que a classificação das idades do eleitorado é realizada com base na data de extração dos dados. Nesse caso, a referência é o dia 30 de abril de 2022.
*Com informações da revista Veja