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Tucanas vão discutir diferentes maneiras de fazer política em curso oferecido pela ONU Mulheres

Tucanas participam, a partir desta quinta-feira (14/10), de mais um curso oferecido pela ONU Mulheres em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Desta vez, o tema é “Liderança transformacional para uma maneira diferente de fazer política”.

A iniciativa surgiu a partir de um pedido de representantes do Fórum Nacional de Mulheres de Instâncias de Partidos Políticos, do qual o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB faz parte, que em abril se reuniram com a ONU Mulheres para discutir violência política e a possibilidade da realização de um curso de capacitação para as mulheres que integram os segmentos femininos de seus respectivos partidos.

Na primeira etapa do curso, realizada em setembro, as participantes discutiram a fundo o tema “Políticas públicas para mulheres e interseccionalidade”.

Para a presidente do Tucanafro do Pará, Francisca Alves de Sousa (PSDB-PA), o curso é uma oportunidade de debater temas importantes, como a representatividade nos espaços políticos.

“Minha expectativa é de adquirir mais conhecimento e mais preparo para ajudar outras pessoas, e principalmente mulheres negras, a participarem da política e encorajá-las a concorrerem aos cargos eletivos. Quero estar mais preparada para liderar ideias para o bem comum”, disse.

Paula Campelo, do PSDB-Mulher do Pará, lembrou como o universo político ainda é extremamente machista, realidade que precisa ser mudada.

“A conquista feminina é sempre permeada de muita luta, assim, toda ferramenta que alavanque a jornada feminina para a conquista de espaços na política é muito importante. Expandir as fronteiras do conhecimento é, sem dúvida, um método eficaz de transformação de cenário e, consequentemente, produz aumento da representatividade. Por isso, a oferta e realização de cursos que abordem políticas públicas para mulheres se faz imprescindível”, justificou.

Essas barreiras impostas às mulheres na política se tornam ainda mais desafiadoras, segundo ela, quando se levam em conta aspectos como o geográfico.

“Minha expectativa com este curso é conhecer novas ferramentas de conquista e expandir meu conhecimento, para ser uma multiplicadora entre as tucanas paraenses”, pontuou Paula.

“Imagine que, se no Sul e Sudeste é difícil competir com os homens em igualdade, no Norte então é muito mais difícil, pois a principal ferramenta de integração e conhecimento, o mundo digital, é restrito a uma fatia da população por falta de infraestrutura básica. No mundo da política, para competirmos em pé de igualdade, precisamos de capacitações que abram a discussão de políticas públicas, e que agreguem conhecimento às mulheres tucanas de todo o Brasil”, completou.