Opinião

“Mulher e cidadania”, Por Sonály Bastos

 

Sonaly

Neste início de século XXI a mulher ainda é discriminada em esferas importantes da vida, como família, educação, saúde, trabalho e política. “Ser mulher, frequentemente, significa ser vulnerável”.

Na família, uma em cada cinco mulheres são vítimas da violência doméstica, sendo atribuído como principais fatores que contribuem para esse tipo de violência o machismo com 46% e o alcoolismo com 31% dos casos. É incrível, mas dados do mapa da violência do Brasil de 2012 apontam que 94% das mulheres brasileiras conhecem a Lei Maria da Penha, dispositivo legal que protege as mulheres contra atos violentos.

O direito da mulher ao acesso à educação, ciência e novas tecnologias, em condições de igualdade em relação ao homem, ainda é negado, pois grande parte delas abandona o ensino prematuramente, devido à maternidade precoce ou atribuições da vida doméstica.

No campo da saúde, as mulheres são vítimas de abuso, exploração, falta de conhecimento sobre saúde sexual e reprodutiva, maternidade prematura, mutilação genital feminina, entre outros. Estima-se que todos os anos morrem mais de meio milhão de mulheres no mundo, por complicações na gravidez e no parto, segundo dados da ONU.

Apesar do aumento de mulheres na área do trabalho, a mulher desempenha as mesmas funções que o homem, entretanto, recebe bem menos que este. De acordo com o Inter Press Service, as mulheres cultivam mais da metade de todos os alimentos que são produzidos, no entanto, são pouco reconhecidas e em muitas realidades, não são pagas por esse tipo de trabalho.

Na política partidária, a mulher também é discriminada. A maioria dos partidos políticos é machista e mesmo após 80 anos da conquista do voto feminino, a mulher ainda encontra resistências para ocupar espaços em cargos eletivos.

Em meio a este cenário, a mulher tucana conquistou atualmente o direito a uma maior participação dentro do PSDB, através da Resolução CEN – PSDB nº 001/2013, que estabelece que ao menos 30% dos comandos municipais, estaduais e federal do partido, sejam compostos por mulheres.

É necessário que nós mulheres, passemos a ocupar estes espaços democráticos, pois entendemos que lugar de mulher é na família, escola, saúde, trabalho e também na política. Só assim ajudaremos a transformar esse país, numa sociedade mais justa e igualitária.

Presidente do Secretariado PSDB Mulher – Alagoas